Sauber, equipe da Audi na F1, já foi parceira de montadoras arquirrivais
A história da Sauber na Fórmula 1 é marcada por diversas parcerias técnicas, que incluem marcas alemãs como Mercedes-Benz e BMW
A história da Sauber na Fórmula 1 é marcada por diversas parcerias técnicas, que incluem marcas alemãs como Mercedes-Benz e BMW
A Audi confirmou na última quarta-feira que marcará presença no grid da Fórmula 1 a partir de 2026, quando entra em vigência a nova diretriz dos motores mais ecológicos da categoria.
A marca das quatro argolas se juntará à Sauber em uma parceria técnica, sendo responsável pelo fornecimento de motores, enquanto o time suíço ficará encarregado da construção dos carros de corrida.
Uma curiosidade interessante nessa história é que a esquadra de Peter Sauber já teve parcerias semelhantes a essa com outras duas montadoras alemãs rivais da Audi: a Mercedes e a BMW.
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Na verdade, a História da Sauber na F1 é marcada por diversas parcerias, sendo algumas técnicas – em que o nome da montadora passa compor a equipe e fica encarregada do desenvolvimento das operações de motores, por exemplo – e outras apenas de branding, como é o caso da presença da Alfa Romeo no grid atual até o fim da temporada.
No entanto, aos supersticiosos que torcem pela equipe, a chegada da Audi pode não representar um crescimento da Sauber, visto que os antigos casamentos com alemães na F1 não deram muito certo.
A história da Sauber teve início na década de 1970, no campeonato suíço de especialidades onde a escuderia de Peter ganhou corridas e visibilidade até se consagrar no meio automobilístico.
Mais tarde, junto à Mercedes-Benz, a Sauber se concretizou no cenário competitivo ao vencerem juntas as 24h de Le Mans de 1989 e contribuírem para a chegada de Michael Schumacher à Fórmula 1 em 1991. Porém, a equipe oficial na maior categoria do esporte a motor só nasceria em 1993.
A Mercedes, contudo, só decidiu participar do projeto em 1994, quando percebeu o potencial que o time austríaco tinha ao marcar 12 pontos e ser o 7º colocado entre os construtores em seu ano de estreia.
Mas a história mostrou que o primeiro casamento com uma montadora alemã não daria certo. A Mercedes assumiu as operações dos motores Ilmor mas, na prática, quase nada mudou, e a Sauber manteve os mesmos 12 pontos em 1994, dessa vez sendo a 8ª entre os construtores.
A marca da estrela de três pontas decidiu encerrar o vínculo com a Sauber na F1 para passar a fornecer os motores para a McLaren a partir de 1995.
Entre 1995 e 2005 a Sauber não teve nenhuma equipe grande que fazia uma parceria técnica estreita, mas contou com Ford e Ferrari apenas como fornecedores de motores ao longo desses anos.
Esse período foi de altos e baixos para a equipe suíça que até conquistou alguns pódios, é verdade. Mas o período laureado – se é que pode ser chamado assim – teve início em 2006 quando a Petronas se tornou a principal patrocinadora e a BMW se juntou na empreitada.
Para aquele ano Peter vendeu seu time para a BMW Motorsport com um contrato que mantinha suas funções administrativas e o nome ‘Sauber’ na equipe. Com isso, a escuderia recebeu os potentes motores alemães e passou a se chamar BMW Sauber F1 Team.
Em 2006 os resultados foram tímidos: apenas dois pódios e o 5º lugar no Campeonato de Construtores. Mas foi em 2007 que o casamento mostrou que tinha potencial e poderia colher alguns frutos.
Devido ao escândalo de espionagem da McLaren sobre a Ferrari em 2007, a esquadra britânica foi desclassificada do campeonato de equipes e a BMW Sauber herdou o segundo lugar naquele ano.
É bem verdade que a ‘tropa’ de Peter somou menos da metade dos pontos de Ferrari e McLaren. No entanto, ainda que não tivesse acontecido a exclusão do time de Ron Dennis, o terceiro posto para a Sauber já mostraria uma grande evolução na F1.
Afinal, ao longo de 2007, os suíço-alemães marcaram pontos em todas as 17 etapas e subiram no pódio em duas oportunidades.
A empreitada na F1 parecia que iria engrenar de vez em 2008, já que foi nessa temporada que Robert Kubica conquistou a única vitória da Sauber na categoria. O polonês ainda chegou a liderar o mundial de pilotos, mas perdeu força ao longo ano e terminou apenas no 4º lugar.
A BMW Sauber fechou aquela temporada no terceiro lugar entre os construtores com 135 pontos. Mas, desta vez, estava a uma distância bem menor entre os líderes Ferrari (172) e McLaren (151).
No entanto, os bons resultados não apareceram mais e a escuderia perdeu gás. O péssimo desempenho na primeira metade de 2009 fez a BMW anunciar a retirada de sua marca da F1.
A partir de 2010 a Sauber correu com nome próprio até fechar a parceria de branding com a Alfa Romeo no fim para 2019.
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