Construído para transportar perfis de alumínio, o estranho Schnibbelmobil era um Frankenstein com motor MAN, chassi Mercedes e cabine do Ford Granada
Hoje em dia já estamos bem acostumados com motores frontais, traseiros e centrais. Mas isso quando falamos de carros, pois quando um motor central ou abaixo do chassis foi apresentado para caminhões foi algo revolucionário.
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Uma das primeiras a apresentar tal “tecnologia” foi a Bussing, que logo depois foi comprada pela montadora alemã MAN e logo passou a construir modelos com o nome MAN-Bussing. Essa curta introdução, é apenas para introduzir os caminhões com motor abaixo do chassi ou atrás da cabine. No vídeo a seguir podemos ter uma ideia melhor:
Uma das vantagens desse tipo de motor, é reduzir a altura da cabine, facilitando o acesso, além de não transferir tanto o calor do motor para o assoalho. Mas uma transportadora na Alemanha chamada Colonia teve uma ideia de como usar um chassi da MAN-Bussing com esse motor para criar um caminhão único. Tão único que a cabine foi trocada pela carroceria de um Ford Granada Turnie.
Na verdade, a ideia partiu do time de engenharia da empresa, após “copiarem” a ideia do Bussing Supercago 22.150 Decklaster e do conceito Steinwinter Supercargo 20.40. Ambos apresentavam arquitetura com posição de cabine abaixo da carga, o que deixava a posição de dirigir mais próxima ao solo.
Apesar das inspirações, o time notou que precisava de um caminhão mais longo. Isso porque a ideia era ter um veículo para transportar perfis de alumínio longos de uma fábrica localizada na Renânia-Palatinado, na Alemanha, para uma fábrica de processamento na Holanda.
Para construir o modelo, os engenheiros pegaram um MAN F8 22.320 com motor de 420 cv e transmissão manual de 12 marchas. Para a cabine, resolveram pegar um Ford Granada e serrá-lo, inclusive o capô, e instalá-lo na frente de um Mercedes-Benz 708.
O modelo, surpreendentemente, deu muito certo. Ele recebeu a homologação e direito de transitar na Alemanha, Holanda, Dinamarca e vários outros países. Assim, o Schnibbelmobil, como foi apelidado, ficou em serviço por incríveis 10 anos, acumulando 800 mil quilômetros.
É claro que ficavam algumas dúvidas sobre a segurança e a visibilidade que, às vezes, não era das melhores. Mas em seus anos de serviço, o modelo nunca se envolveu em acidentes graves. Após o seu uso, a Colonia fez questão de manter o modelo em seu acervo e até mesmo tem uma maquete em miniatura do caminhão onde mostra o comprimento máximo da operação.
O conceito de caminhões com cabines baixas não é novo. Atualmente o mais próximo que temos são os Low-Deck-Entry como no caso da Scania Série L, Mercedes-Benz Econic, Volvo FE e FL, além de outros.
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