Com até oito máquinas, arcade da Sega foi inspirado em um das competições de endurance mais insanas do automobilismo
Um dos campeonatos mais insanos e fascinantes do automobilismo foi o BPR Global GT Series, realizado entre 1994 e 1996. Era tão empolgante que depois se tornou o FIA GT Championship que conhecemos atualmente e foi o combustível para a criação do clássico “Sega Super GT”.
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Nesta competição, que utilizava versões preparadas de super carros como Ferrari F40, McLaren F1, Porsche 993, Jaguar XJ220, Lotus Esprits e até mesmo o exótico De Tomaso Pantera, o circo correria o mundo em oito etapas, com provas no Japão e até na China.
Na mesma época, a Sega vivia um ótimo momento com suas máquinas de fliperama “Daytona USA” e “Sega Rally”. Um campeonato com carros de sonho não demorou para percorrer os corredores da empresa, no bairro de Shinagawa, em Tóquio.
A empresa trabalhava em conjunto com a Lockheed Martin (que fabrica aviões de guerra) no sistema Model 3. Tratava-se de uma placa de fliperama super moderna, que tinha capacidade para receber a ROM do novo jogo.
Para a empreitada, o produtor Toshihiro Nagoshi, que tinha trabalhado em “Daytona USA”, foi escalado para tocar o projeto. Uma parceria foi acertada com os chefões da BPR, Jürgen Barth, Patrick Peter e Stéphane Ratel, que inclusive dão nome à competição, a logo do BPR aparecia no jogo, uma sacada bem legal.
O projeto era ambicioso e permitia conectar até oito máquinas, o que criava um verdadeiro campeonato com jogadores reais nas casas de fliperama. Foram desenvolvidas máquinas siamesas e também gabinetes de luxo, que reproduziam o cockpit do bólido.
O game ficou pronto no final de 1996, momento em que a FIA já tinha crescido o olho no campeonato e que em 1997, já se tornaria o FIA GT. Curiosamente, “Sega Super GT” foi rebatizado de “SCUD Race” nos Estados Unidos. A sigla se traduz em Sport Car Ultimate Drive. A versão globlal era bem mais legal, sejamos francos.
O jogo trazia gráficos avançados, que exploravam todo o potencial do Model 3. Visualmente, o game dava um show em “Daytona USA” e “Sega Rally”.
O jogador tinha quatro opções de traçado e poderia escolher quatro carros: Dodge Viper GTS-R, Ferrari F40 Competizione, McLaren F1 GTR e Porsche 993 GT2. Os carros ficaram lindos e o gameplay era frenético, com possibilidade de alterar a visualização para dentro do cockpit ou fora do carro.
Mas “Sega Super GT”, assim como o BPR caiu no ostracismo. A Sega cancelou o port para o Sega Saturn e assim que as máquinas foram caindo em desuso, o game praticamente desapareceu. Hoje, sobrevive em algumas casas de jogos que ainda mantêm os gabinetes e em emuladores para computadores.
A Sega bem que poderia fazer um pacotão com “Sega Rally”, “Daytona USA” e “Sega Super GT”, para múltiplas plataformas. Tenho certeza que venderia muito.
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