Segredo: caminhonete anti-Toro da Volkswagen vai tirar Saveiro de linha?
Nova picape será baseada no SUV Taos, mas fabricante ainda estuda o mercado antes de marcar data para o lançamento
Nova picape será baseada no SUV Taos, mas fabricante ainda estuda o mercado antes de marcar data para o lançamento
Não tenha dúvidas de que a criação da plataforma modular MQB caiu como uma luva nos planos mundiais da marca. Ela permite o desenvolvimento de carros pequenos, médios, grandes, hatches, sedans, peruas e SUVs. Até uma nova caminhonete com essa arquitetura integrará a linha de produtos da Volkswagen, todos com mecânica e concepção comum, reduzindo os custos e facilitando a produção.
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Porém , dentro desse conceito, a marca alemã olha para o mercado para atender onde quer que haja demanda. É o caso das picapes com carroceria monobloco, caso da Fiat Toro, sucesso indiscutível, e de outra futura concorrente: a nova Chevrolet Montana. Claro a Volkswagen está interessada nesse segmento e já desenvolveu e apresentou a caminhonete-conceito Tarok, em 2018.
O tal experimento consiste em uma picape do porte da Toro, feita sobre a base MQB, utilizando tecnologias de carros de passeio. Com dimensões muito próximas as da rival, tanto no comprimento, largura, distância entre-eixos e até caçamba, a Tarok ainda não teve seu “martelo batido”, ou seja, ainda não se tornou definitiva a sua decisão de produção.
A matriz alemã da Volkswagen ainda não está convencida de qual seria o volume de vendas da caminhonete no mercado mundial (incluindo Brasil e América Latina). Por isso, ainda está reticente em relação à Tarok. Uma coisa tida como certa é que a nova picape seria fabricada na planta argentina de Pacheco, de onde hoje sai o SUV Taos.
O motivo? É por questões industriais: afinal, a nova picape utilizaria como base o próprio SUV médio da Volkswagen, com a qual partilharia boa parte da mecânica e tecnologias, tudo montado sobre a versão A1 da MQB.
Além disso, o conceito da picape apresentado em 2018 já contava com o interior hoje já utilizado pelo Volkswagen Taos, provando que aquele visual e acabamento foram pensados para os dois modelos, que são praticamente irmãos (compartilham a linha de produção, base construtiva e componentes mecânicos).
Os sistemas de suspensão serão os mesmos do utilitário. Ou seja: a arquitetura será independente nas quatro rodas, com fixação multibraço no eixo traseiro, bem como freios a disco nas quatro rodas (grande vantagem com relação à Toro) e direção com assistência elétrica progressiva.
Sua opção de motor também é conhecida: o 1.4 TSI de até 150 cv e 25,5 kgfm de torque nos padrões atuais. A adoção da versão evoluída desse motor, a 1.5 TSI, também não está descartada, mas essa seria para outro momento. Da mesma forma, mantém-se a transmissão automática Aisin de 6 velocidades que equipa o Taos e até a própria Fiat Toro com o novo motor 1.3 turboflex.
Haveria também a possibilidade de uma versão turbodiesel, trazendo o motor 2.0 de 180 cv que equipa a Amarok, transmissão automática de 8 velocidades da ZF e tração integral 4Motion, bem parelha com as versões turbodiesel da Fiat Toro.
Apesar de a Tarok estar praticamente pronta desde 2018, inclusive com protótipos funcionais, informantes revelaram que o modelo ainda está em estudo, sem confirmação ou liberação da matriz para início de produção ou lançamento.
Os investimentos para o tal são altos, e existem projetos mais importantes e prioritários em andamento. Assim que a matriz se convencer que a futura picape será um bom negócio, o sinal verde para estreia do modelo acenderá.
Ainda assim, a previsão de estreia é para, pelo menos, 2025, e as chances da Tarok com mecânica diesel substituir a Amarok não são poucas, em que pese o fato de suas menores dimensões.
A nova geração da Amarok está para ser lançada na Europa, e até o momento não existem planos de ela vir para o Continente Americano, seja Norte, Central ou Sul. Pelo jeito, teremos Tarok diesel para suprir os compradores da Amarok em um futuro não muito distante.
Não menos importante: O que será da Saveiro? Ainda segundo fontes, Gol e Voyage sairão de cena ainda em 2023. Como partilham a mesma plataforma com a Saveiro, que é inclusive produzida em outra fábrica (São Bernardo do Campo ao invés de Taubaté), a continuidade da picapinha ficou ameaçada.
Com o encerramento da produção de Gol e Voyage, ela se tornaria o único carro ainda fabricado sobre a obsoleta base PQ24,5, o que teoricamente não faria muito sentido se não fosse por um enorme detalhe: tirando também a Saveiro de linha, a Volkswagen ficaria sem nenhuma caminhonete abaixo da já combalida Amarok no mercado nacional.
A solução foi esticar a produção da Saveiro até o final de 2024 ou até início de 2025, dependendo dos números de vendas, mas sem grandes investimentos nela até lá.
Além disso, a Saveiro, na realidade, vai ter uma sobrevida de pouco mais de um ano quando comparada com seus irmãos hatch e sedan, tempo necessário para a provável chegada da Tarok nas suas versões flex de entrada em 2025.
Ao que tudo indica, a Tarok, se aprovada, deverá ser o coringa da Volkswagen no mercado nacional, suprindo o mercado não só da Amarok com suas versões mais caras, mas também da Saveiro nas versões de entrada.
Boris Feldman lista as principais picapes que estão vindo por aí: confira!
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