Stellantis anuncia quase US$ 400 milhões em ‘novos hermanos’
Stellantis fará aporte de US$ 385 milhões para fabricar nova família de veículos que não usa plataforma Fiat e nem PSA
Stellantis fará aporte de US$ 385 milhões para fabricar nova família de veículos que não usa plataforma Fiat e nem PSA
Numa semana cheia de divulgação de investimentos, o presidente da Stellantis, Emanuelle Cappellano, anunciou um aporte de US$ 385 milhões (R$ 2,15 bilhões) na planta de Córdoba, na Argentina. Segundo o executivo, o dinheiro será destinado para o desenvolvimento de uma nova família de veículos.
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Como é de praxe, o chefão do grupo para América do Sul não adiantou detalhes de quais seriam os produtos. No entanto, ele garante que os modelos não utilizarão plataforma CMP ou MP-S.
Em bom português, isso significa que eles não utilizaram as bases presentes em modelos como Cronos e Argo (MP-S) e nem mesmo Citroën C3 ou Peugeot 2008 (CMP). Ou seja, não se trata de nenhum compacto das gamas atuais da Fiat e muito menos dos franceses da Citroën ou Peugeot.
Mas fato é que o primeiro produto estreará em 2025. E ainda segundo Cappellano, eles também serão exportados para mercados fora da América do Sul. O anúncio oficial de quais modelos serão produzidos em Córdoba deverá ser feito no final do ano.
No entanto, pouco antes coletiva com o executivo italiano, o portal Autos Segredos publicou matéria que aponta que o dinheiro será aplicado para a produção das picapes Fiat Titano, Peugeot Landtrek e para a Ram 1200, que é vendida no México. Em março um executivo já tinha comentado sobre a produção argentina da Titano, mesmo com a compra de quase 50% da fábrica uruguaia da Nordex, onde é montada a média desde seu lançamento.
De volta à coletiva desta quinta-feira (5), o vice-presidente de comunicação, Fabrício Biondo, “soprou”, em tom de descontração a seguinte afirmação: “ele (o produto) falará inglês”, enquanto tentávamos extrair alguma informação mais substancial sobre os produtos. Ou seja, tudo indica que um dos modelos seja uma picape Ram.
Assim, se tudo se confirmar, o plano é ampliar ainda mais a participação do grupo no segmento de picapes e concentrar a produção em Córdoba, uma vez que Landtrek e 1200 vêm da China para atender a América Central. Além disso, para ganhar volume, a Stellantis precisa de capacidade de produção superior ao que a Nordex suporta. Dessa forma, a transferência da Titano para a Córdoba e adição de duas derivações com emblemas Ram e Peugeot permitiria ter fôlego para dar conta da demanda.
Boa parte desse dinheiro deverá ser gasto na adaptação da planta, mas é fato que um valor considerável será destinado para melhorias na caminhonete. Isso porque a Titano chegou no primeiro trimestre e deixou claro que como uma média de acesso, ela cumpre bem seu papel e se escora sobre o preço agressivo e a imensa rede de concessionários Fiat. Mas quando se escala para outras duas marcas, inclusive uma inédita média com a marca do carneiro, será preciso qualificar consideravelmente o produto.
E como se trata de produtos muito parelhos, a estratégia será distribuir as picapes em mercados onde elas não se choquem. A Titano terá o Brasil como principal praça. Já a Landtrek deverá ser distribuída em mercados andinos.
No entanto, a praça da 1200 deverá ser o México, onde a marca do carneiro é forte. E como “ele fala inglês”, pode até ser exportada para os Estados Unidos, onde a Stellantis assiste Ford, GM e Toyota competindo entre as médias.
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