Com a produção de motores no Brasil afetada, a marca japonesa está com vários atrasos para voltar a produzir seu bem sucedido SUV
O Toyota Corolla Cross estava em um excelente momento no mercado brasileiro: é o SUV médio mais vendido do país, em agosto foi o terceiro colocado no ranking geral e fechou setembro no top 10. Mas a tragédia que atingiu a fábrica de motores da marca em Porto Feliz obrigou uma suspensão na produção de todos os carros nacionais da marca.
Segundo apuração do AutoPapo, a fábrica de motores só deverá voltar a produzir em março. Ela irá precisar ser reconstruída devido aos danos pesados que a estrutura sofreu. A Toyota estuda soluções para voltar a produzir seus carros e atender aos pedidos dos consumidores, como importar motores.
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A gama do Toyota Corolla Cross conta com cinco versões, sendo quatro equipadas com o moderno 2.0 aspirado de 175 cv e uma híbrida. Os preços variam de 189.990 a 219.890, que o coloca entre os SUVs médios mais acessíveis do Brasil.
Listamos aqui os SUVs médios que rivalizam com o Toyota Corolla Cross, para quem estava de olho no modelo e não quer esperar a marca resolver esse problema logístico.
Antes do crescimento astronômico do Toyota Corolla Cross em 2025, o líder no segmento dos SUVs médios era o Jeep Compass. O modelo produzido no Pernambuco Está no mercado há 9 anos, mas segue competitivo após as últimas atualizações.
Nossa sugestão é o modelo Longitude, a segunda na escadinha do Compass. O modelo Sport possui um preço atrativo, mas deve o pacote ADAS e outros itens de tecnologia que existem no Corolla Cross. Colocando o pacote de opcionais com isso deixa o modelo praticamente empatado com o Longitude.
Quem escolher o Jeep Compass irá gostar do desempenho proporcionado pelo 1.3 turbo. Mas ficará decepcionado com o consumo elevado do modelo. O espaço interno também não é dos melhores.
Enquanto o Corolla Cross e o Jeep Compass estão entre os menores do segmento, com porte similar ao de alguns SUVs compactos, o Taos é um dos maiores. Ele é o mais indicado para quem prioriza o espaço interno e quer um modelo de marca tradicional.
O Taos mede 4,46 m de comprimento, 1,84 m de largura e 2,68 m de entre-eixos. Seu porta-malas de 498 litros é digno de um sedã e supera com folga os 440 litros do Corolla Cross.
Seu motor 1.4 TSI proporciona bom desempenho, rivalizando com o Jeep Compass. E quando o motorista pega leve no acelerador, ele consegue uma boa economia de combustível, ainda mais agora que o modelo ganhou câmbio de oito marchas.
O ponto fraco do Taos Comfortline é seu acabamento, mais simples que os rivais em alguns pontos. Ele também deve o pacote ADAS, que só está presente no topo de linha Highline.
Quem compra carros da Toyota costuma ser mais conservador. O Honda ZR-V possui muito em comum com o rival, como o motor 2.0 aspirado, câmbio CVT, bom pacote de segurança e uma rede de concessionárias elogiada pelos clientes.
A Honda importa o ZR-V do México em configuração única, que inclui pacote ADAS, ar-condicionado de duas zonas, teto solar, banco do motorista com regulagem elétrica e freio de estacionamento eletrônico.
Sua grande desvantagem é não ser flex. Para quem mora em regiões onde o etanol é mais vantajoso, isso pode ser um impedimento. Outro problema está no mesmo showroom: o HR-V oferece pacote de equipamentos similar e com um motor 1.5 turbo flex.
A Ford sempre teve um problema na hora de trazer um SUV médio para o Brasil. O Escape sempre foi produzido nos EUA e chegaria caro ao Brasil por pagar mais tributos de importação.
O Territory resolveu isso por vir da China com preço competitivo mesmo pagando os 35% de impostos. Ele é feito na unidade de Nanchang, feito pela Jiangling Motors Corporation.
Essa origem chinesa aparece em alguns detalhes, como a ausência de botões físicos no painel e a central multimídia diferente da Sync usada pelo resto da linha. Mas no geral, é um bom carro independente da origem.
O Ford Territory é bastante espaçoso e focado no conforto. Não espere grandes emoções ao volante, o desempenho é apenas suficiente para não ficar para trás na estrada.
O Mitsubishi Eclipse Cross é um dos SUVs médios mais esquecidos de nosso mercado. O modelo japonês é produzido em Catalão (GO) e possui uma gama bem variada, que inclui até versões com tração integral.
A nossa recomendação é o modelo HPE-S, a mais completa com tração 4×2. Ela oferece confortos como regulagem elétrica e aquecimento nos dois bancos dianteiros, sete airbags, carregador de smartphone por indução, faróis full-LED com sensor crepuscular, freio de estacionamento eletrônico, cruise control adaptativo, monitor de pontos cegos e teto solar panorâmico.
O motor 1.5 turbo trabalha em conjunto com um câmbio CVT que simula oito marchas. O Eclipse Cross é mais voltado para quem é entusiasta, mas ainda assim possui um bom espaço interno e um porta-malas que está entre os maiores da lista.
A Caoa Chery chama atenção com o Tiggo 7 Sport e seu preço inicial de R$ 139.990, mas consideramos o modelo Pro como melhor alternativa ao Corolla Cross. Esse modelo conta com o motor 1.6 turbo, que dá um ótimo desempenho, e com o pacote ADAS Max Drive.
Como todo carro chinês, o Tiggo 7 Pro possui um banco traseiro muito espaçoso. Mas diferente da tradição, seu porta-malas também é bom e não deixa a desejar.
O Tiggo 7 Pro é um dos mais completos dessa lista, contando com teto solar panorâmico, painel digital, abertura elétrica do porta-malas, ar-condicionado de duas zonas, regulagem elétrica nos dois bancos dianteiros, câmera 360° e carregador de smartphone por indução.
O Kia Niro é um dos poucos SUVs médios a contar com sistema híbrido pleno. Assim como no Corolla Cross, aqui há um motor aspirado a combustão trabalhando junto de um elétrico, mas o resultado é um pouco mais forte que o do japonês.
A Kia criou o Niro para ser um carro eletrificado de alta eficiência, o desenho exótico da carroceria contribui para o baixíssimo coeficiente aerodinâmico. Ele é também o carro mais econômico do Brasil segundo o Inmetro, com média de 18,3 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada.
O SUV médio conta com ar-condicionado de duas zonas, regulagem elétrica no banco do motorista, abertura elétrica do porta-malas, pacote ADAS e central multimídia com espelhamento sem fio.
O GWM Haval H6 é concorrente do Toyota RAV4 em porte, mas a versão de entrada One foi precificada como um Corolla Cross. Apesar de ser tratada como uma edição limitada, esse modelo ainda consta como disponível no site da marca.
Para chegar nesse preço mais baixo, a GWM cortou a abertura elétrica do porta-malas, o teto solar panorâmico e as lanternas escurecidas do Haval H6 HEV2. O conjunto mecânico híbrido pleno foi mantido.
Por ser um SUV médio-grande, o Haval H6 possui maior espaço interno e o maior porta-malas dessa lista. A GWM manteve itens como o pacote ADAS e os bancos dianteiros com ventilação
A GAC estreou no Brasil tendo o GS4 como seu principal produto. O SUV médio conta com um sistema híbrido pleno, assim como o Toyota Corolla Cross, mas possui potência mais elevada.
Ele capricha no pacote de tecnologia e também no de segurança. O porta-malas de 638 litros chamou nossa atenção, mas esse volume aparenta ser no padrão de medição SAE e não no VDA.
Por ser uma marca estreante no Brasil, sua rede de concessionárias é pequena e o pós-venda ainda é uma incógnita. O GS4 é hoje o modelo mais vendido da marca no Brasil.
O BYD Song Plus é um dos maiores sucessos da marca no Brasil. Ele é um SUV médio híbrido plug-in, que pode rodar até 62 km apenas como elétrico. É uma alternativa ao Corolla Cross para quem possui local para recarregar o veículo em casa.
Na linha 2026 ele recebeu o pacote ADAS na versão GS, resolvendo uma das maiores criticas ao modelo. Mas segue sem a oferta do teto solar, item comum nesse segmento.
O desempenho do Song Pro é bom pois na maior parte do tempo o carro é tracionado pelo motor elétrico. O 1.5 aspirado atua na maior parte do tempo como gerador.
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