Telefone fixo resiste graças aos ‘adolescentes’ da Geração Z
Norte-americanos nascidos nos anos 1990 aquecem serviço de telefonia fixa para reativar memórias afetivas da época da juventude
Norte-americanos nascidos nos anos 1990 aquecem serviço de telefonia fixa para reativar memórias afetivas da época da juventude
Nos dias de hoje praticamente ninguém mais telefona. Tudo se resume a enviar uma mensagem de texto ou áudio. Conversas mais longas são feitas em vídeo. Mas a turma da Geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) quer mesmo é ficar pendurada no telefone fixo, como há 30 anos.
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Pelo menos é o que aponta o tabloide New York Post. Segundo a publicação, há uma tendência desse perfil de público em aquecer o serviço de telefonia fixa por uma questão basicamente afetiva.
Os entrevistados que mantém linhas fixas em suas casas relatam que o ritual do telefonema remete à infância ou apenas à simples mania de trançar o fio entre os dedos.
No entanto, o saudosismo da Geração Z bate de frente com os números do setor que mostram que 73% dos norte-americanos não contam mais com telefones em casa. Há 18 anos, eram apenas 15,8%, segundo o CDC, que é a Anvisa do Tio Sam.
Entre as crianças, o contato ainda é menor, de acordo com o CDC, apenas 18% delas têm um telefone fixo à disposição. Ou seja, a grande maioria simplesmente desconhece e não vê mais sentidos nestes aparelhos.
E a falta de demanda é tamanha que há poucos dias a gigante da telefonia AT&T enviou uma solicitação para o governo da Califórnia para acabar com os telefones fixos no estado, devido a baixa demanda e os custos operacionais para manter a estrutura.
No entanto, o fetiche pelo telefone fixo ainda atrai usuários que justificam seu interesse por razões como: “nunca sabemos quem está ligando”, disse um entrevistado. Outro, considera o telefone como um brinquedo e seus amigos adoram discar como se fosse algo de outro mundo, como era quando Alexander Graham Bell inventou o telefone há 150 anos.
A queda pelo interesse na telefonia fixa é uma tendência global. No Brasil, o serviço também está à míngua. Em 2021, apenas 16% dos domicílios brasileiros ainda mantinham uma linha telefônica, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Em 2022, o percental despencou para 12%.
E como o telefone fixo no Brasil foi um luxo até o final dos anos 1990, quando a telefonia estatal foi privatizada, boa parte da Geração Z cresceu sem um telefone em casa. Ou seja, já tiveram contato com a telefonia móvel que se popularizou no início dos anos 2000, com os chamados planos pré-pagos, o que sugere que o saudosismo não deverá pegar por aqui e o telefone velho será relegado a um mero enfeite, como o paninho tricotado que ficava abaixo do aparelho da casa da vovó.
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Procurei algo sobre carro nesta reportagem, só pra ver se esse saudosismo tem a ver com o gosto por carros antigos. Nada… Das duas uma: ou é só uma reportagem caça-clique, ou o pessoal da redação ainda gosta de ficar enrolando fio de telefone kkkkkk
Geração Z é nascida a partir de 1995, e não 1990. Nascidos entre 1980 e 1995 são geração Y. Respeita nois.