O Mercury Sable adiantou todas as tendências de design atuais
Elementos de design que vemos nos carros atuais não são bem uma novidade, esse carro de 1991 já trazia maior parte deles
Elementos de design que vemos nos carros atuais não são bem uma novidade, esse carro de 1991 já trazia maior parte deles
De tempos em tempos as tendências de design na indústria automotiva mudam e, por isso, os carros acabam ficando parecidos. Hoje a moda, principalmente entre os carros elétricos chineses, é ter faróis e lanternas interligados, teto flutuante, rodas com desenho fechado e combinações exóticas de cores no interior.
E se eu te disser que um carro dos anos 90 adiantou todas essas tendências? E nem foi um caro inovador, foi apenas o Mercury Sable.
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Para quem não conhece, a Mercury era uma divisão intermediária da Ford nos EUA. Oferecia carros mais caprichados e com desenho mais conservador que os da matriz, porém sem o luxo dos modelos da Lincoln.
O Sable era o irmão do Ford Taurus, mas ele trazia algumas mudanças na carroceria para ter identidade própria. E são justamente essas alterações que viraram tendência.
A maior diferença no design do Mercury Sable para o Ford Taurus era ter o teto flutuante. A coluna D era diferente e as janelas laterais se integravam ao vigia. Apenas a coluna A era na cor da carroceria, as outras eram pretas ou cobertas por vidro.
O grande destaque do Mercury Sable era ter os faróis dianteiros interligados. Na época não usavam LED no conjunto óptico como ocorre nos carros elétricos atuais, havia uma série de refletores com lâmpadas halógenas de baixa potência para formar a barra iluminada da dianteira.
Isso existia desde a primeira geração, lançada em 1986, mas foi na segunda, de 1991, que o resultado ficou mais próximo do atual. As lanternas traseiras também era interligadas, como em praticamente todos os carros chineses atuais.
As rodas com desenho fechado são tendência hoje por reduzir o arrasto aerodinâmico. Isso ajuda os carros elétricos a terem uma autonomia maior.
Nos anos 90 elas também era tendência pois os desenhos aerodinâmicos estavam em alta. O caso do Mercury Sable a preocupação em reduzir o arrasto era grande, tanto que seu coeficiente era de 0,33, valor bom para a época.
Uma última semelhança entre o Mercury Sable e os carros elétricos modernos é o espaço interno maior que o de modelos tradicionais. A plataforma do Taurus foi a primeira da Ford norte-americana para carros médios de tração dianteira, configuração que permitiu aproveitar melhor o espaço interno que as antigas de tração traseira.
As plataformas atuais feitas para modelos elétricos possuem vantagens similares quando comparadas com as usadas por modelos a combustão. Como não é preciso ter que projetar um cofre do motor, os projetistas podem dedicar mais espaço para a cabine.
Esteticamente, o interior do Sable é bem diferente do que vemos hoje. Ele usava um painel bem tradicional para a época e não havia telas. Nem mesmo o painel digital, que já era oferecido por outros modelos da marca, estava presente. Os botões para comandar tudo é algo que faz falta nesses elétricos de hoje.
Outra parte onde ele se difere dos modelos atuais é no desempenho. Os motores elétricos permitem acelerações fortes devido ao torque instantâneo. Já os V6 3.0 e 3.8 do Sable, ambos com 142 cv, eram apenas suficientes, a pretensão esportiva ficava no irmão Taurus SHO de 223 cv.
Na próxima vez que você ver um Hyundai Creta com os faróis interligados, um Caoa Chery Tiggo 7 com teto flutuante ou um BYD Seal com formato de sabonete, lembre-se que essas tendências de design nasceram em um pacato sedã norte-americano.
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Um CX de 0,33 era bom na época e segue sendo bom até hoje, comparando com carros atuais. Além disso, o conforto do Taurus/Sable desta geração é superior até hoje em dia em relação a qualquer carro nacional. Não há comparação. Eu sei pois tenho um….