Ram 1500 Laramie: testamos a gigante biturbo no Texas
Fomos até Dallas para conferir como anda nova Ram 1500 Laramie que trocou o V8 Hemi pelo novíssimo seis cilindros biturbo de 426 cv
Fomos até Dallas para conferir como anda nova Ram 1500 Laramie que trocou o V8 Hemi pelo novíssimo seis cilindros biturbo de 426 cv
Quando a Stellantis lançou a Ram 1500 Rebel, em dezembro de 2020, ela não demorou para apelidar a picape de Muscle Truck. Afinal, ela vinha equipada com o mesmo V8 Hemi 5.7 utilizado em modelos como Dodge Charger, Challenger e no Chrysler 300. Mas o mundo mudou e cada dia que passa fica difícil defender um V8 num planeta inflamado pelas mudanças climáticas.
Agora, em 2024, a Stellantis decidiu que era hora de tirar o V8 de cena. Boa parte de seus modelos norte-americanos de grande porte receberão motores menores, como o Hurricane 4 2.0 turbo, que já equipa o Jeep Wrangler e o novíssimo Hurricane 6 3.0 biturbo que acaba de estrear na Ram 1500 Laramie.
Para afagar os saudosos fãs do V8 Hemi, a Stellanis afirma que o novo motor seis cilindros entrega nada menos que 426 cv e 64,8 kgfm de torque, combinado com transmissão Torqueflite de oito marchas e tração 4×4, com seletor eletrônico e diferentes modos de condução. Ou seja, a picape ficou mais forte e potente.
Para conferir de perto, fomos até Dallas, no Texas, para conhecer de perto a nova Ram 1500 Laramie. Dallas é a cidade que mais compra picapes no planeta e o estado da estrela solitária sempre recebe as famosas caminhonetes Texas Edition, feitas exclusivamente para aquele mercado. Assim, nada mais natural que rodar pelas estradas texanas com a grandalhona.Curiosamente, a 1500 encolhe por lá. A percepção se dá pelo fato de tudo nos Estados Unidos ser superdimensionado. As vagas são enormes, as estradas largas e os carros imensos. Então, ela não parece destoar da paisagem, diferentemente daqui, onde as medidas são mais estreitas.
Mas vamos falar sobre a picape, com seu revolucionário motor seis cilindros 3.0 biturbo. A aceleração impressiona, ela precisa de apenas 5,3 segundos para sair da imobilidade e chegar aos 100 km/h. Pelas rodovias texanas, a 1500 é um carro comum. Por lá todo mundo tem uma picape imensa para chamar de sua.
No entanto, o motor se mostra valente na hora de dar uma esticada para não perder a saída à frente. Isso porque as estradas têm tantas faixas, que não há necessidade de ultrapassar ninguém, basta trocar de faixa e seguir viagem.
Mas por aqui, em que a realidade é outra com a maioria das estradas com pista simples, ter torque e potência de sobra ajuda na hora de fazer uma ultrapassagem com pouca margem. Nesse caso, o vigor do biturbo é muito mais imediato que a do antigo V8.
A razão é simples, com o auxílio das turbinas, a entrega de torque é bem mais rápida. E toda a força é transmitida para as rodas rapidamente. Para se ter uma ideia, o pico de torque aparece em 3.500 rpm, enquanto o V8 entregava o máximo a quase 4 mil giros.
Pode parecer pouco, mas são quase 10 kgfm a mais entregues numa faixa de giro menor. Além disso, o peso do motor é significativamente mais leve. Com maior oferta de torque em baixa rotação, a 1500 ficou mais econômica, com consumo na ordem de 6,0 km/l, na cidade. Já na estrada, a média subiu para 7,0 km/l.
Por dentro, a Ram 1500 Laramie esbanja conteúdos. A começar pelo imenso multimídia de 14,3 polegadas, que permite controlar quase tudo pela tela. O quadro de instrumentos também é digital, assim como o retrovisor interno, que projeta imagens captadas por uma câmera na traseira.
A climatização e digital, de duas zonas, os bancos são elétricos, com aquecimento, ventilação e posições de memória. Ela ainda oferece assistentes de condução e a projeção de dados no painel tornam a viagem mais segura. Tudo isso forrado de couro, apliques em madeira, além de teto solar panorâmico e mimos como dois carregadores por indução e nada menos que 11 portas USB. Completa o pacote a tomada 115V e a chave do tipo NFC, que pode ser adicionada na carteira digital do celular.
Tudo isso faz da Ram 1500 Laramie um carro excepcional para a estrada. E se precisa jogar tralha na caçamba, que comporta 1.200 litros de bagagem, com tampa elétrica.
Um lance legal é a suspensão com bolsas de ar. Elas oferecem muito conforto e nivelam a picape quando há carga na caçamba. Mas como rodamos com ela vazia, só deu para perceber que ela é macia como um sedã de luxo. Mas sejamos francos, para um carro que parte de R$ 541 mil, é mais que obrigação e parte dos argumentos que a marca do carneiro terá para convencer o picapeiro endinheirado do lado de baixo do Equador a trocar o V8 por um motor com dois canecos a menos.
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