Na praça há quase 15 anos, Volkswagen Amarok tem seu motor V6 turbodiesel como maior trunfo para se destacar diante das rivais
A Volkswagen lançou a linha 2025 da picape Amarok. A alemã está no mercado desde 2010, quando redefiniu conceitos de ergonomia entre as caminhonetes médias.
De lá para cá, ela trocou de transmissão, trocou de motor, mas manteve a mesma carroceria. Agora, na linha 2025, a picape passou por uma plástica profunda na parte frontal. Novos faróis, para-choque, grade e capô, que o deixaram com estilo inspirado no Nivus.
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Dentro da Amarok, não há muita diferença das linhas passadas. A grande novidade está no multimídia de 9 polegadas, com conexão Apple CarPlay, Android Auto, Câmera de ré, GPS nativo e informações de condução. A tela substitui o antigo módulo da VW.
Mas o destaque fica por conta do Safer Tag. Trata-se de um equipamento desenvolvido por uma empresa israelense que faz as vezes do ADAS (assistente de condução).
O sistema utiliza sensores e câmeras no para-brisas e projeta os dados em uma pequena tela sobre o painel. Ele exibe velocidade da via, distância do veículo à frente, alerta de colisão, detector de pedestre e alerta de saída de faixa.
No entanto, nenhum recurso é capaz de interagir com o carro, como reduzir a velocidade ou corrigir a trajetória na faixa de rodagem. É um paliativo diante da defasada eletrônica da picape.
De resto é o que todo mundo conhece, ótima posição de dirigir, controles de fácil acesso, itens como ar-condicionado digital de duas zonas, bancos com ajustes elétricos, assim como revestimento em couro. Ou seja, nada que não tenha em qualquer outra picape média.
Conferimos a versão topo de linha, Extreme, que tem preço sugerido de R$ 350.990. Trata-se de um valor salgado, que supera até mesmo a nova Ranger e só fica abaixo da Toyota Hilux GR Sport. Mas em que a Amarok se destaca?
O grande barato da picape, em qualquer uma das três versões, é seu motor V6 de 258 cv e 59,1 kgfm de torque. Esse bloco conta com turbina de geometria variável, capaz de elevar a potência durante 10 segundos para 272 cv, com a função overboost.
Basta pisar fundo que o gerenciamento eletrônico ajusta as pás da turbina para ampliar o fluxo de ar e elevar a potência. O overboost atua em velocidades entre 50 e 120 km/h. Sua função é garantir força extra em ultrapassagens.
Mas os 258 cv já fazem da Amarok a média mais potente do mercado. A transmissão automática de oito marchas segue o mesmo conceito da caixa da Fiat Toro. A primeira faz as vezes da reduzida sem necessidade de uma caixa de transferência.
Já a tração integral 4Motion atua sob demanda. Ou seja, o próprio conjunto ajusta a distribuição de torque. A picape conta com um diferencial Torsen que gerencia a necessidade de torque nos eixos de forma automática. Assim, não há seletores de tração.
Segundo a VW, a picape sempre trabalha com tração integral. O ajuste padrão é 80% de torque nas rodas traseiras e outros 20% no eixo dianteiro. Mas ela pode variar até meio a meio de acordo com a necessidade de tração.
No entanto, para auxiliar no fora de estrada, é possível ativar bloqueio manual do diferencial, assim como acionar o modo Off-Road que ativa assistente de descida de ladeira e também desabilita o ABS para melhor comportamento na terra.
Testamos a Amarok Extreme 2025 em todas as condições. Basicamente basta acelerar e controlar a direção. No fora-de-estrada, a picape se ajusta às condições do terreno. No asfalto, ela parece um carro de passeio.
Mas vale ressaltar que a suspensão traseira é dura em demasia. Os feixes de molas que se apoiam sobre o eixo rígido transfere tudo para dentro da cabine.
Assim, depois de 14 anos de labuta, a Amarok segue seu caminho. Com seus preços entre R$ 309.990 e R$ 350.990, a Volks não quer ser líder do segmento, mas sabe que não pode ficar de fora do segmento que mais cresce no mercado.
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