Toyota Corolla Fielder: 20 anos da perua que só tinha um defeito
Perua derivada do Toyota Corolla, Fielder ficou em linha por pouco tempo, mas o suficiente para criar uma legião de fãs
Perua derivada do Toyota Corolla, Fielder ficou em linha por pouco tempo, mas o suficiente para criar uma legião de fãs
As peruas desapareceram do mercado brasileiro. Hoje as únicas opções se resumem aos nababescos Audi RS6 Avant e Porsche Panamera Sport Turismo. Mas alguns modelos são tão cobiçados que deveriam continuar em linha. É o caso da Toyota Corolla Fielder, que não durou mais por ter sido preterida pelo irmão favorito.
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Lançada no primeiro de 2004, a perua derivada do sedã japonês, trazia desenho frontal idêntico ao Corolla “Brad Pitt”. O modelo ficou em linha até 2008, mas foi tempo suficiente para criar uma legião de fãs.
Com preço inicial de R$ 59 mil, a Fielder era equipada com motor 1.8 de 136 cv e 17,5 kgfm de torque, abastecido apenas com gasolina. Naquela época os motores bicombustíveis estavam engatinhando. Ela se tornaria flex, apenas em 2007, pouco antes do fim da linha.
A perua poderia ser equipada com caixa manual de cinco marchas ou transmissão automática de quatro velocidades. O consumo médio declarado (com câmbio automático) era de 8,6 km/l (urbano) e 12,9 km/l (rodoviário).
Seu pacote de conteúdos trazia itens como direção assistida, ar-condicionado, rádio com CD, vidros elétricos nas quatro portas e poderia receber revestimento dos bancos em couro, como opcional.
A Fielder inclusive já contava com duplo airbag e freios ABS. Estes itens só se tornariam obrigatórios 10 anos depois, a partir de janeiro de 2014. Rodas de liga leve de 15 polegadas e faróis de neblina completavam o pacote.
Com 4,45 m de comprimento, a Fielder tem praticamente o mesmo tamanho de um Jeep Compass. Seus 2,60 m de distância entre-eixos permitiam bom espaço para quem viaja tanto na frente, quanto atrás. Um detalhe interessante é que ela já contava com bancos traseiros reclináveis, o que aumentava o conforto de quem viaja na “classe econômica”.
Prática, a perua oferecia boa modularidade dos bancos, o que facilitava a acomodação de grande volumes. O porta-malas de 411 litros poderia se expandir facilmente com rebatimento dos bancos.
A Fielder foi um carro que deixou uma legião de fãs. Quem tem o carro dificilmente se dispõe a abrir mão deste japonês. No varejo de usados, há poucas unidades em oferta. E mesmo sendo uma perua com 20 anos de fabricação, não se encontra nenhum anúncio abaixo dos R$ 30 mil.
Mas qual o motivo de ter vendido por tão pouco tempo e com volumes modestos? A razão era de ordem fabril. Quando o Corolla Fielder foi lançado, a planta de Indaiatuba já operava perto do limite de sua capacidade de produção.
Na época, foi necessário a contratação de 80 trabalhadores para dar suporte na produção e o Corolla dominava a linha de montagem. Naquele ano o sedã emplacou 37 mil unidades no Brasil. Assim sobrou espaço para entregar 4.863 unidades da Fielder, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Nos anos seguintes o Corolla seguiu na faixa dos 35 mil carros licenciados, enquanto a Fielder teve seu melhor período em 2006, quando alcançou 8.878 emplacamentos. Mas com a chegada da terceira geração (nacional) do Corolla, a Toyota decidiu aposentar a perua.
Assim, o grande problema da Fielder era a popularidade do sedã, que se mantém cobiçado ainda hoje, 20 anos depois, desafiando a dinastia dos SUVs. Ao todo foram emplacadas 32.672 unidades no Brasil, um número que poderia ter sido maior se a fábrica tivesse capacidade para produzir mais.
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Não entendo porque não traz a Fielder de volta, existe lá fora, eu tenho certeza que ela daria um lucro maior do que o Corolla Cross, se fosse vendida no mesmo preço desse, daí ficaria a cargos da preferencia de quem fosse comprar, certeza que venderia mais espaço interno muito mais inteligente, mais econômica e muito mais armoniosa, deixa o Corolla Cross pras mulheres e a Fielder prós homens que tá tudo certo!
Tenho um brad SEG, ano 2006. Não tenho uma única reclamação a fazer. Só me desfaço dele se pegar uma fielder, também da série SEG, por causa do espaço interno maior, e somente por isso.
O único problema por não venderem mais que o Corolla sedan é o câmbio automático 4 marchas 16 válvulas e o consumo urbano se fosse câmbio de 6 marchas concertesa venderia muito além…
Todos os bons carros foram tirados de linha porque a lucratividade das montadoras diminuía, e eles querem novidade para poder aumentar os preços. Assim tivemos excelentes carros que foram descontinuados por este motivo, é o caso do Astra, Ipanema, Paraty, palio wekend, etc.