A marca japonesa escolheu vender aqui o modelo que já está presente em países do sudeste asiático, enquanto a Europa possui um mais sofisticado
A Toyota gosta de usar o mesmo nome para carros diferentes. O Yaris Cross é um desses casos, o Brasil receberá o modelo vendido no sudeste asiático que é diferente do oferecido na Europa e no Japão.
É uma situação similar a do próprio Yaris, onde recebemos um modelo de baixo custo diferente do mais sofisticado oferecido no primeiro mundo. Mas com o Corolla nos demos bem, a versão nacional tem alguns refinos que não existem no modelo vendido nos EUA.
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Voltando ao Yaris Cross, a versão que será produzida no Brasil é inferior a vendida na Europa. Mas ela compensa isso com o porte maior e com a oferta.
As diferenças entre os dois Toyota Yaris Cross já começam na arquitetura. O modelo produzido no Japão e vendido na Europa utiliza a plataforma TNGA-B, que abriga os carros compactos mais sofisticados da marca.
O modelo que será produzido no Brasil utiliza a DNGA-B, que é a plataforma de baixo custo desenvolvida pela Daihatsu — divisão de entrada da Toyota. Ambas arquiteturas são feitas com eletrificação em mente e possuem projeto recente.
O Yaris Cross também utiliza motores mais recentes. Seu 1.5 aspirado é de três cilindros, da família M15, e que rende 120 cv. Ele faz parte da linha Dynamic Force que a Toyota introduziu em 2017 e trouxe algumas inovações.
A principal delas é utiliza alta taxa de compressão, para ter uma queima mais eficiente do combustível. No modelo puramente a combustão ela é de 13:1, já no híbrido é de 14:1.
Outra diferença do novo 1.5 de três cilindros é utilizar o sistema de injeção direta combinado com o multiponto. Nos modelos híbridos é usada apenas a injeção multiponto.
Por fim, o Toyota Yaris Cross europeu utiliza o novo câmbio CVT K120 Direct Shift, o mesmo do Corolla. Ele possui uma primeira marcha por engrenagem, que resulta em arrancadas melhores.
O Yaris Cross que será vendido no Brasil tem o mesmo 1.5 aspirado de quatro cilindros 2NR, que existe no Brasil desde o lançamento do Etios. Sua vantagem para os brasileiros é já ser um velho conhecido, porém entrega menos potência.
Em meio a tantos carros chineses híbridos plug-in com alta potência, a Toyota segue com seu sistema série-paralelo com foco em eficiência. O Yaris Cross, independente da versão, utiliza sempre um motor elétrico de 80 cv junto do propulsor a combustão.
A diferença mecânica entre eles está em qual 1.5 é usado. O tricilíndrico europeu tem 41% de eficiência térmica e gasta menos. Mas, coincidentemente, ele rende os mesmos 91 cv e 12,2 kgfm do quatro cilindros que será usado no Brasil.
Na Europa existe também uma versão de tração integral do Yaris Cross híbrido, com um motor elétrico de 5,3 cv no eixo traseiro. Ela existe com foco em locais onde neva.
Outro fator onde parecem ser similares é no acabamento. Ambas versões do Toyota Yaris Cross adotam plástico duro no painel e usam tecido apenas nas portas dianteiras.
O modelo de baixo custo utiliza um vinil em parte do painel para disfarçar a origem de baixo custo. Na lista de equipamentos também são similares e utilizam freio de estacionamento eletrônico, pacote ADAS e painel digital.
Os europeus são mais racionais na hora de comprar um carro novo, modelos compactos por lá precisam ser pequenos. A maior diferença entre os dois tipos de Yaris Cross que existem no mundo está no porte.
O modelo europeu mede 4,18 m de comprimento, 1,76 m de largura e 2,56 m de entre-eixos. São medidas mais próximas de um Volkswagen Tera que do T-Cross.
Já o Toyota Yaris Cross feito para mercados emergentes mede 4,31 m de comprimento, 1,77 m de largura e 2,62 m de entre-eixos. As medidas maiores devem resultar em espaço interno mais generoso e próximo ao do Corolla Cross, que possui 2,64 m de entre-eixos.
O modelo que será produzido no Brasil possui vão livre de 21 cm, o que ajudará a garantir a classificação de SUV nas normas do Inmetro.
Apesar de tudo, a escolha da Toyota pelo Yaris Cross de baixo custo para o Brasil parece ser mais acertada. Ele é maior e o motor de quatro cilindros sem injeção direta ajudará a manter a boa fama de confiabilidade. Sem contar que nele o abafador do escapamento fica escondido.
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Tomara que não dê problema se abastecido com etanol, como noticiado antes em relação aos Toyota.
A versão brasileira parece ter saído de um comercial tailandês dos anos 90. Uma vergonha. A impressão é que usam moldes velhos vindos da Ásia para fabricarem os automóveis aqui.
Até aí nada de novo!
Isso é uma regra geral das montadoras que fabricam aqui.
Importante mesmo é entregar eficiência e bom custo/benefício.
Versão europeia parace o kicks de traseira kkkk