5 tradições das montadoras que estão vivas até hoje

A identidade é importante para fidelizar os clientes e criar uma imagem para a marca, elas resistem mesmo com todas as mudanças que vieram para os carros

volkswagen golf GTI todas as gerações
Nessas oito gerações de Golf GTi, teve um item que não mudou (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 11/08/2024 às 09h02

O mercado de automóveis está mudando rapidamente, os carros lançados atualmente já são bem diferentes dos que vieram há 10 anos. Ainda assim, muitas montadoras conseguem manter algumas de suas tradições.

Em algumas marcas isso é até um argumento de vendas, o público gosta de chegar em um carro novo e ter algo familiar. Já os clientes novos podem se apaixonar por essas tradições e entrar na brincadeira. Listamos a seguir algumas das mais icônicas entre as montadoras.

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1. Bancos xadrez do Volkswagen Golf GTi

O Volkswagen Golf GTi é considerado como o pai dos hatchbacks esportivos. Sua fórmula era de combinar um carro prático com desempenho, em uma época onde os entusiastas precisavam ter um segundo carro dedicado para se divertir.

A fórmula não foi apenas colocar um motor mais forte no compacto, a VW caprichou na decoração: filete vermelho na grade, manopla do câmbio em formato de bolinha de golfe, volante esportivo com menor diâmetro, alargadores de para-lamas e tecido xadrez nos bancos.

O tecido era uma tradição em carros alemães esportivos, foi usado até nos icônicos Mercedes-Benz 300SL. Cada geração do Golf GTi possui sua própria padronagem do xadrez, as versões GTD e GTE também têm suas variações.

2. Chave da Porsche à esquerda

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A ideia era dar a partida com uma mão e engatar a marcha com a outra (Foto: Marcelo Jabulas | AutoPapo)

Essa história é muito conhecida, mas vale sempre a pena contá-la novamente. A largada das 25 Horas de Le Mans era feita com os pilotos em um lado da pista correndo em direção ao carro no lado oposto.

Eles precisavam entrar no carro, dar a partida e acelerar. Para ganhar tempo, a Porsche passou a colocar a chave de ignição à esquerda, para que o piloto possa ligar o carro com uma mão e engatar a marcha com a outra ao mesmo tempo.

Essa tradição foi para os carros de rua da montadora, a chave à esquerda virou uma marca registrada. Com a chegada da chave presencial foi adotada uma borboleta giratória para simular o movimento tradicional de dar a partida, mas hoje a Porsche se rendeu ao botão tradicional no mesmo lugar — o que já foi criticado pelos puristas, como tudo que é novo.

3. Lanternas do Ford Mustang

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Além das três divisões, as lanternas atuais trazem luz de seta sequencial como no primeiro Shelby GT500 de 1967 (Foto: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)

O Ford Mustang original foi um carro com desenho bastante icônico. Soluções como a tomada de ar falsa na lateral, os faróis auxiliares na grade e as lanternas divididas em três seções verticais. Esses detalhes foram mantidos durante toda a primeira geração, que mudou de desenho com frequência.

A segunda geração, que muitos preferem esquecer, mudou bastante o desenho diluiu essas lanternas com peças mais largas. A terceira geração voltou a ser um esportivo respeitado, mas também trazia poucas referências ao modelo original.

Na quarta geração do Ford Mustang foi usada uma lanterna com divisões horizontais, o que gerou reclamações entre os fãs. A montadora voltou com a tradição após trocar o motor V8 5.0 antigo por um 4.6 mais moderno na linha 1996.

A partir daí, todo Mustang manteve as três divisões nas lanternas, Hoje elas trazem luz de seta sequencial, como foi no primeiro Shelby GT500 de 1967. A Ford aprendeu que não se mexe com tradição.

4. Hofmeister kink da BMW

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O corte na base da janela lateral traseira próximo a coluna C possui um nome e está em todos os carros da marca (Foto: BMW | Divulgação)

Mesmo com a BMW ousando bastante no desenho de seus carros, ela ainda respeita um detalhe pequeno: o Hofmeister kink. Esse é o nome dado para o corte feito na base do vidro lateral traseiro dos carros da marca, junto a coluna C (ou D no caso das peruas e SUVs).

O nome traduz do alemão como “torção de Hofmeister”, em homenagem a Wilhelm Hofmeister. Ele foi o chefe de design da marca de 1955 a 1970, época onde houve uma revolução nos carros da BMW e definiu como ela é hoje.

A Neue Klasse, apresentada em 1962, foi a “mãe” da série 5 que conhecemos hoje. Ela trouxe o Hofmeister kink, a dianteira inclinada inspirada em um tubarão e trazia um tempero esportivo ao sedã executivo. Daí para frente a BMW foi aplicando a fórmula em carros maiores e menores.

5. Painel de instrumentos da Alfa Romeo

Os italianos da Alfa Romeo são bastante passionais na hora de criar um carro. O desenho dos carros e o prazer ao dirigir são sempre as prioridades, isso sempre colocou a marca em apuros financeiros.

Algumas das tradições dessa montadora ainda vivem nos carros modernos, incluindo nos SUVs e modelos elétricos feitos para gerar receita: instrumentos com dois mostradores grandes em destaque, grade em formato de coração e o painel voltado ao motorista.

Nos modelos atuais, com painel digital, a tela vem montada em um receptáculo com dois semicírculos, que parecem feitos para instrumentos analógicos. A tela ainda mostra os “reloginhos”, para manter o figurino.

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