Trapaças da Toyota: a maior do mundo também fez coisas erradas
De tempos em tempos vemos alguma montadora sendo pega no pulo, separamos cinco vezes que a japonesa aprontou algo que não devia
De tempos em tempos vemos alguma montadora sendo pega no pulo, separamos cinco vezes que a japonesa aprontou algo que não devia
O livro O Poderoso Chefão abre com a frase “por trás de uma grande fortuna há um crime”, atribuída a Balzac. A Toyota é hoje a maior montadora do mundo e, durante todos esses anos, teve sua cota de trapaças.
No mundo corporativo é comum que as empresas tentem manobras ilegais para evitar algum problema ou apenas lucrar mais. Existem até casos mórbidos, como o cálculo que a Ford fez comprovando que era mais barato pagar indenizações que consertar uma falha de segurança do Pinto nos EUA.
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Voltando a Toyota, ela entrou nos holofotes recentemente por fraudar testes de colisão. A montadora japonesa também já fez trapaças nas pistas. Veja a seguir cinco vezes que ela tentou ser esperta e foi pega.
O Toyota Celica foi o campeão no Campeonato Mundial de Rali, WRC, em 1990, 1992, 1993 e 1994. A equipe japonesa tinha tudo para levar o caneco em 1995, mas na penúltima corrida da temporada sua trapaça foi descoberta pela FIA.
Os carros do WRC precisavam usar uma placa restritora no turbo para limitar a potência em 300 cv. Os engenheiros da equipe Toyota encontraram uma forma de contornar essa placa e conseguir mais potência no carro.
Quando a peça era instalada na admissão do turbo, a tensão da presilha que a prendia numa mangueira tensionava uma mola que movia a base do restritor em 5 milímetros. Isso abria um novo canal para a passagem de ar, que aumentava o fluxo em 25% e resultava em 50 cv extra.
A genialidade disso é que quando as peças eram removias para inspeção, a mola fazia tudo voltar ao lugar correto e parecia um componente dentro do regulamento. Foram tão detalhistas que até poliram as molas para garantir um fluxo de ar limpo.
A trapaça da Toyota no rali foi tão genial que o presidente da FIA, Max Mosley, elogiou pelo trabalho. Mas ela também baniu a marca do campeonato por um ano.
A Toyota sempre esteve presente em competições, mas, ao contrário da rival Honda, demorou a entrar na Fórmula 1. Ela só entrou na principal categoria do automobilismo em 2002, com uma carreira curta que terminou em 2009 e sem vitórias.
A Toyota foi investigada por trapaça em 2004, após os fãs e a organização da categoria notarem a semelhança entre o TF104 com a Ferrari F2003-GA da temporada anterior. Isso resultou na descoberta de que a japonesa havia roubado dados da italiana.
O caso foi julgado por uma corte em Colônia, na Alemanha, cidade sede da equipe de F1. A Toyota recusou a devolver os dados para a Ferrari, pois já estavam misturados com informações novas e não queriam ajudar os italianos.
Dois engenheiros italianos da Toyota, que trabalharam antes na Ferrari, foram presos por espionagem industrial.
A Daihatsu, subsidiária da Toyota responsável por carros pequenos e modelos de baixo custo, foi pega realizando trapaças em crash tests no final de 2023. Ela suspendeu a produção de carros após o escândalo.
Foram 64 modelos identificados com irregularidades, incluindo 22 que são vendidos pela Toyota. A nova geração do Yaris e o Yaris Cross, confirmado para o Brasil, também fazem parte da fraude.
Foram encontradas mais de 170 irregularidades desde 1989 nos carros da Daihatsu. Airbags diferentes instalados apenas para os testes de impacto e reforços específicos para as batidas feitas em laboratório foram encontrados.
A Toyota possui uma divisões de caminhões, a Hino. Ela faz sucesso na Ásia, Oceania e partes do continente americano.
Em 2022 foi descoberto que essa filial da Toyota estava realizando trapaças nos testes de emissões. Assim como a Daihatsu, a Hino foi obrigada a suspender a produção temporariamente.
Com a fraude de emissões descobertas, a Hino perdeu suas certificações no Japão. Por isso, ela teve que revalidar seus produtos novamente. Ela também foi expulsa pela Toyota de um consórcio que acelerava a eletrificação no país.
A financeira da filial norte-americana da Toyota teve que pagar uma multa milionária por enganar seus consumidores. A trapaça era colocar taxas abusivas e coberturas desnecessárias nos contratos de leasing.
O golpe não ficava apenas nisso, ela dificultava o cancelamento dessas taxas. O que fez vários consumidores terem prejuízo ou se endividarem.
O órgão responsável pelos direitos dos consumidores nos EUA aplicou uma multa à financeira da Toyota. Uma parte foi para indenizar os consumidores e outra foi como penalidade.
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Cometer erros e assumi-los é o que a Toyota tem feito de melhor mesmo que isso a prejudique profundamente.
Outras montadoras negam até o fim SEUS ERROS, inclusive os mantém MESMO sob forte investigação policial
Não estão nem aí com os clientes.
Há aquelas que se beneficiam com politicas e subsídios, a nível global, para esconderem a todo o custo seus erros.
Quanto ao assunto principal abordado, sugiro incluir outras empresas com seus problemas nos mesmos moldes de abordagem. Inclusive buscar nos 5 continentes.
Na visão de muitos inserir SOMENTE UMA ÚNICA MONTADORA não foi uma boa estratégia pois quem lê pode interpretar como uma notícia tendenciosa.
Vamos ser justos!!!
Só tive um veículo desta marca, uma Toyota Hilux 2.5 D4D 2013, foi a pior camionete de toda a minha vida. E olha que eu já tive mais de 10 camionetes de várias marcas. As melhores são as Ford.