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Mais da metade dos brasileiros consideram que o principal atributo do automóvel é a praticidade, mas a mobilidade gera impactos agressivos
Mais da metade dos brasileiros consideram que o principal atributo do automóvel é a praticidade, mas a mobilidade gera impactos agressivos
A mobilidade urbana se tornou um dos temas mais relevantes para o setor automotivo atualmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Brasil já supera os 203 milhões de habitantes, boa parte deles concentrados em centros urbanos, como capitais e áreas metropolitanas. Isso gera um fluxo intenso de pessoas que se deslocam diariamente, muitas vezes por longas distâncias, para chegar aos seus compromissos de trabalho e estudo. De modo geral, a infraestrutura não consegue avançar no mesmo ritmo do aumento da população.
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A má qualidade dos serviços ofertados em ônibus e metrôs, por exemplo, faz com que as pessoas precisem optar por meios de transporte individuais e que ofereçam mais conforto, praticidade e segurança, tais como os automóveis. Segundo pesquisa da OLX sobre o comportamento do consumidor automotivo, realizada em abril por meio de uma parceria com a Mindminers, 57% dos brasileiros entrevistados enxergam os automóveis como sinônimos de praticidade e conveniência. Entre o público feminino, a porcentagem chega a 61%. Dentre as principais atividades apontadas pelo estudo, 44% utilizam o carro para lazer e passeios curtos; 39% usam para deslocamentos em locais como trabalho e escola. Há ainda, a questão da renda: 10% fazem uso do automóvel como taxista ou motorista de aplicativo.
Há também a questão do meio ambiente. Tive a oportunidade de acompanhar a última edição do SXSW, principal evento do mundo sobre cultura, tecnologia e inovação, que aconteceu em Austin (EUA), e lá ficou claro o consenso entre os líderes, empreendedores e pesquisadores reunidos que não há futuro sustentável sem uma mobilidade sustentável. Nosso país tem vantagens importantes na corrida por uma mobilidade mais limpa.
É fato que o futuro do planeta depende da nossa capacidade de reinventar o setor de mobilidade, dessa vez sobre bases mais verdes e coerentes com os desafios do século 21. E é por isso que vemos tanta expectativa em relação aos carros elétricos ou híbridos no Brasil. Um estudo recém-divulgado pela MBCB (organizações signatárias do Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil) mostrou que, nas atuais condições, os veículos híbridos são uma alternativa menos poluente que os 100% elétricos para o Brasil. Além disso, temos os incentivos à mobilidade urbana assegurados por projetos governamentais como o Rota 2030 e o Mover.
Mas, sabemos que temos desafios de infraestrutura, como os pontos de recarga. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) e a Anfavea, em fevereiro, o Brasil, contava com 4,6 mil postos de recarga, dos quais 1/3 está concentrado no estado de São Paulo. Somente no primeiro trimestre, foram 36.090 carros emplacados no país, de acordo com a associação.
Todas essas informações são essenciais para incrementar a bagagem de uma grande palavra-chave essencial para quem quer estar por dentro das tendências de mobilidade urbana: o conhecimento. Para os profissionais do setor automotivo, é importante conhecer as necessidades e os desejos do consumidor em relação aos trajetos cotidianos e à infraestrutura das cidades, que moldam quais os tipos de veículos mais procurados e as funcionalidades e tecnologias que os veículos precisam ter. É fundamental oferecer um atendimento personalizado, com um profissional capacitado a apresentar as melhores opções conforme cada perfil.
Para aproveitar essa grande via de possibilidades e desafios, é importante que os profissionais façam cursos e leiam conteúdo relevante sobre a conjuntura do setor automotivo, bem como as tendências de consumo. Uma outra atividade essencial é participar de encontros e convenções do setor, que costumam reunir novidades tecnológicas e trazem especialistas renomados para discutir sobre diversos desafios do setor, inclusive a mobilidade urbana.
O Conecta Autos, evento do Grupo OLX, que aconteceu recentemente em São Paulo, levou especialistas tanto do mercado automotivo quanto de outros segmentos, e foi um encontro essencial para se conectar com outros profissionais e impulsionar os negócios. Na ocasião, apresentamos a pesquisa Tendências de Mobilidade 2024, elaborada pelo Data OLX Autos, braço de análises da OLX, que contribuiu para as discussões acerca dos desafios da mobilidade urbana e também das oportunidades para o setor automotivo. Segundo o estudo, 63% dos entrevistados utilizam o automóvel frequentemente. O deslocamento a pé é o segundo meio utilizado com mais frequência pelos entrevistados, indicado por 20% dos respondentes. E como o futuro é agora, também abordamos tendências em inteligência de dados e outras tecnologias que vão ou já começam a influenciar no modo como nos locomovemos pelas cidades, bem como na fabricação dos automóveis que, inclusive, se tornarão mais personalizáveis.
Entender a mobilidade urbana é uma das funções dos profissionais que realmente querem estar à frente das tendências do mercado. Diante de todas as transformações que já ocorreram na mobilidade urbana no Brasil e das que ainda estão por vir, quem atua no mercado automotivo precisa sempre prestar atenção às tendências tanto da indústria quanto dos consumidores. Desse modo, é possível investir em veículos alinhados aos desejos do público, oferecendo um bom custo-benefício e garantindo mais vendas para alavancar o negócio.
O fato é que, quem não buscar conhecimento, ficará para trás nas discussões da mobilidade urbana, e isso pode sim impactar nos negócios. Pesquise, se informe, estude as tendências sobre o assunto. Vá por esse caminho. Ou você gostaria de ficar para trás?
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