Vendas de usados caem 12% durante o isolamento social
Queda nos negócios chegou a 91,8%, se compararmos a última semana de março com a média dos primeiros 14 dias do mês
Queda nos negócios chegou a 91,8%, se compararmos a última semana de março com a média dos primeiros 14 dias do mês
O resultado das vendas de usados e veículos seminovos ficou 12,1% menor no mês de março, se comparado com fevereiro. O balanço nacional foi divulgado pela Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
Enquanto as primeiras duas semanas de março indicavam uma aceleração da recuperação em torno de 11,4%, a 3ª semana de março, já parcialmente afetada com o início da quarentena para a COVID-19, registrou uma queda de 15,5%. Já na 4ª semana do mês, com o afastamento social intensificado, e as determinações para o fechamento do comércio em geral, a queda nas vendas de usados chegou a 91,8%, quando comparada com as duas primeiras.
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Em março foram comercializados 901.058 veículos contra 1.025.281, em fevereiro. A comparação entre o terceiro mês de 2020 e o mesmo período de 2019 também registrou uma queda de 13,3%.
A quantidade acumulada no ano, que vinha se mantendo positiva, também sofreu uma queda, chegando a 5,4%.
Para o Presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, “a situação é inusitada pois nunca tivemos um acontecimento dessa envergadura e profundidade. A imposição da quarentena, logicamente, trouxe uma redução brutal nas vendas das lojas. Estamos sugerindo a intensificação de ações digitais como leilões online, visitas agendadas, contatos de fidelidade, etc”.
Joel Leite, diretor da Agência Auto Informe, explica que é precoce definir a redução de preços nas vendas de usados e novos. Isso porque sabe-se pouco sobre as consequências da pandemia, que não tem precedentes.
Acontece, no entanto, que “a tendência, pela lógica, é a redução do valor dos carros, já que as revendedoras estão cheias de veículos no estoque”.
O especialista afirma ainda que espera um retorno repleto de ações promocionais para as concessionárias.
De qualquer modo, a venda de carros passará por mudanças. Por isso, o momento é do consumidor, que deve pedir descontos e negociar a melhor forma de pagamento.
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Essa lógica de “redução de preços” só acontece em países como os EUA. Por aqui, concessionárias estão nem aí se pátios estão cheios e revendedores mantêm valores fixos mesmo em usados. Pandemia se arrastando a meses e não vi nada que valha a pena em pesquisa on-line. Onde vocês encontraram locais que negociam a “melhor forma de pagamento”? Com particulares, talvez você até consiga negociar, mas com empresários você apenas dança conforme a música.