5 versões de carros nacionais que ninguém se lembra
O mercado brasileiro costuma ser conservador nas escolhas, por isso algumas versões dos carros acabam passando batidas
O mercado brasileiro costuma ser conservador nas escolhas, por isso algumas versões dos carros acabam passando batidas
As montadoras sempre procuram lançar uma versão ou edição especial nova para movimentar as vendas de seus carros. Algumas delas trazem detalhes especiais para justificar a existência, mas o gosto conservador do comprador brasileiro pode atrapalhar.
Existe uma infinidade de versões esquecidas dos carros brasileiros. Tivemos que esforçar bastante a nossa memória para lembrar desses cinco.
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Esse foi o carro que motivou nossa lista. Um dia, enquanto ia a pé para o trabalho, vi uma rara unidade do Toyota Yaris X-Way na rua e lembrei que existiu esse aventureiro.
Quando falamos em Toyota com apliques para parecer fora de estrada lembramos sempre do famigerado Etios Cross. Mas o Yaris também teve sua versão aventureira com o X-Way.
A Toyota apenas colocou um rack de teto estético, apliques nos para-lamas e nos para-choques e pintou as rodas de preta para fazer o Yaris X-Way. Ela não elevou a suspensão como a Fiat, a Chevrolet e outras montadoras faziam com seus aventureiros.
Hoje todos têm um smartphone com acesso a internet e que pode ser usado como copiloto no carro. Em 2008 era preciso comprar um celular mais caro ou um aparelho dedicado para ter um navegador.
A Renault lançou a edição especial Nokia do Sandero com a premissa de vender o carro com tecnologia embarcada. Quem comprava essa versão recebia um Nokia N95, que contava com acesso a internet e com um navegador proprietário que funcionava em mais de 800 cidades brasileiras.
O carro já vinha com um suporte no para-brisa e um CD-player que comunicava com o N95 via Bluetooth. Ele podia reproduzir as músicas do celular e lia as mensagens recebidas. Era a versão primitiva do espelhamento que temos home com o Android Auto e o Apple Carplay.
O Renault Sandero Nokia era baseado no topo de linha Privilege. Ele contava com o motor 1.6 16v flex e câmbio manual de cinco marchas. Devido ao kit de telecomunicação, ele era a versão mais cara da linha,
Toda a linha atual da Chevrolet oferece Wi-Fi dentro do veículo. Os carros saem de fábrica conectados, podendo ser monitorados via aplicativo e contam com o assistente OnStar. Tudo isso de forma integrada e sem penduricalhos externos.
Em 2011 a Chevrolet ensaiou o uso dessa tecnologia de uma forma mais simples com o Agile Wi-Fi. Esse versão do compacto oferecia um pequeno roteador de internet móvel da Tim.
O aparelho precisava ficar ligado à tomada 12 volts para funcionar. O comprador tinha que esperar cerca de 20 dias para receber o roteador, mas a espera era recompensada por 1 ano de conexão gratuita.
O Agile Wi-Fi era baseado na versão mais equipada do carro, a LTZ. Isso significa que ele tinha de série o airbag duplo, ABS, cruise control, CD-player com bluetooth, ar-condicionado e vidros elétricos. O motor do compacto era sempre o 1.4 flex.
A Fiat deixou a criatividade de sua equipe correr solta com o Novo Uno. O compacto foi lançado com diversos acessórios para personalização e suas versões traziam decorações bem distintas.
Com a versão College parece que exageraram na criatividade. A intenção foi fazer um carro jovial para estudantes universitários e o ano de 2013 estava no auge da moda de roupas coloridas entre os jovens.
Mas a Fiat não contou que o jovem estudante raramente tem condições de comprar um carro novo. Isso ajudou a encalhar a edição universitária do Uno.
A decoração desse modelo abusou da combinação entre o azul e o vermelho. Por fora haviam maçanetas e retrovisores pintados em vermelho, nas portas tinha um adesivo imitando um ziper e as rodas eram brancas. A pintura poderia ser azul ou branco.
Por dentro que a situação era mais caótica. O volante contava com a porção superior em vermelho, cor que se repetia nas saídas de ventilação e maçanetas. O azul estava em uma moldura no painel e nos puxadores das portas. A cereja nesse bolo cromático era os bolsos nas costas dos bancos dianteiros, inspirados em mochilas.
Quem comprou essa versão esquecida foi beneficiado por um pacote de equipamentos completos, pelo menos. Muitos equipamentos eram opcionais no Uno e o College saía mais barato que um Vivace configurado da mesma forma.
A Honda nunca foi de fazer edições especiais no Brasil. A versão S do Fit de primeira geração pode ser considerada como a mais rara de um carro nacional da marca japonesa, já que fizeram apenas 1.000 unidades.
Esse modelo esportivado do compacto usava uma decoração discreta. Ela usava como base a topo de linha EX, a única com motor 1.5 VTEC. As mudanças eram as saias laterais, o para-choque traseiro e a grade estilo colmeia. Por dentro, as maçanetas e as molduras dos botões do vidro eram prateados.
Os adereços estéticos vieram da versão 1.5 S japonesa, porém esse modelo trazia ainda um para-choque dianteiro mais esportivo, spoiler traseiro e lanternas em LED. O modelo nacional foi vendido com câmbio manual ou CVT, as opções de cores eram Prata Global, Grafite Magnesium, Vermelho Rally e Preto Nighthawk.
Hoje é difícil achar um Fit S original pois a traseira do compacto é um imã de barbeiros. Como seu para-choque traseiro só foi usado nas 1.000 unidades da versão, é difícil achar um de reposição em caso de acidentes. Em 2038 será difícil ver um desses com placa preta.
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“Em 2038 será difícil ver um desses com placa preta”
Apostaria no Sandero e Uno os últimos remanescentes de carros feitos para durar, no mas, concordo.