[VÍDEO] Testamos o Citroën Basalt Shine Turbo 200
SUV cupê francês recorre aos mesmos "ingredientes" de C3 e C3 Aircross, mas se destaca pelo espaço interno, bom desempenho e visual esportivo
SUV cupê francês recorre aos mesmos "ingredientes" de C3 e C3 Aircross, mas se destaca pelo espaço interno, bom desempenho e visual esportivo
Diz a sabedoria popular que nada é igual, até os dedos das mãos são diferentes. Assim, três carros com a mesma plataforma, motor e componentes deveriam ser idênticos, mas não são. É o caso da tríade francesa C3, C3 Aircross e Basalt.
O SUV cupê chegou no segundo semestre e completou a família de compactos da Citroën. Ele utiliza praticamente tudo que é oferecido em seus irmãos, mas é muito mais legal.
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Talvez seja pelo estilo fastback de sua traseira. Sejamos francos que as formas de C3 e C3 Aircross são um tanto conservadoras. Mas o Basalt não, ele tem “molho”, como se diz por aí.
Mas o ingrediente secreto da receita está na “economia de sódio” no preço. O Basalt é o SUV mais barato do mercado. Com apenas três versões, seus preços variam de R$ 89.990 a R$ 104.990.
A Citroën até deixa claro que se trata de um preço promocional, uma vez que os valores reais seriam de R$ 97 mil a R$ 115.890. Mas faz parte daquela manjada estratégia da escassez. Compre agora pois amanhã pode não ter mais.
O Basalt é um SUV cupê compacto, que assim como o primo Fiat Pulse, Renault Kardian e Volkswagen Nivus, são derivados de hatches compactos. No entanto, receberam o “fermento” dos utilitários-esportivos para ganhar mais prestígio, mais lastro e claro, preços mais salgados.
O Basalt seguiu direitinho a receita, mas economizou nos valores. Mesmo assim, a lista de equipamentos não é escassa. Confira o pacote de conteúdos da versão topo de linha Shine Turbo 200
Claro que nem tudo são flores. Para conseguir valores competitivos, o Basalt lança mão de assistentes de condução, assim como cortinas infláveis. Mas é o que se deve deixar fora do cesto para fechar a conta.
Fomos conferir a versão topo de linha, Shine Turbo 200. Visualmente, o estilo cupê valoriza bastante as curvas do francês. Há um apelo emocional, uma esportividade na silhueta.
As rodas de liga leve, aro 16, valorizam o visual. Aliás, a Citroën tomou o cuidado de oferecer rodas grandes em todas as versões. Antes do lançamento oficial, flagramos uma unidade de testes, com rodas menores de aço estampado, que simplesmente “matou” o carro.
Por dentro, é como embarcar no C3 Aircross. O mesmo layout do painel, os mesmos conteúdos e o acabamento simples, com plásticos duros por todos os cantos. O destaque fica por conta da chave canivete e do ar-condicionado digital (que finalmente foi instalado na linha 2025/B do Aircross). São itens que dão um toque denotam refinamento ao modelo.
A posição de dirigir é boa, como nos irmãos. Tem posição verticalizada, o que contribui para o ganho de espaço interno, assim como ajuda na visibilidade. Neste ponto, o para-brisas traseiro se torna restringe a visão traseira. Não faz do Basalt um furgão de entregas, mas pode incomodar quem estava acostumado com um janelão lá atrás.
Quem viaja no banco traseiro tem bom conforto. A inclinação da coluna C, portanto, não rouba muito espaço para a cabeça. A cadência tem início bem rente à posição dos encostos, apesar de o desenho da janela indicar o oposto.
Outro ponto positivo é o porta-malas. São 490 litros de volume, que permite levar muita bagagem nas viagens.
No uso cotidiano, o Basalt não difere muito de seus irmãos. O motor Turbo 200 1.0 de 130 cv e 20,4 kgfm de torque tem excelente comportamento. Acelerações rápidas, ultrapassagens ligeiras e torque farto em baixa rotação são um alento no trânsito congestionado, principalmente se a topografia for como a de Belo Horizonte.
A transmissão do tipo CVT, com emulação de sete marchas, se comporta muito bem com esse motor. Ela opera como uma caixa automática convencional, com as posições de marcha programadas, sem aquele comportamento de enceradeira.
No entanto, basta aliviar o pé para ela buscar uma faixa de rotação eficiente, na faixa dos 1.500 rpm. Por outro lado, se o motorista precisa de potência máxima, basta pisar que as relações variáveis elevam o giro imediatamente.
E tudo isso se reflete no consumo. Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o consumo do Citroën Basalt Shine Turbo 200 é:
Combustível | Urbano | Rodoviário |
---|---|---|
Etanol | 8,3 km/l | 9,6 km/l |
Gasolina | 11,9 km/l | 13,7 km/l |
A suspensão do Basalt segue o padrão de qualquer compacto do mercado. Ele utiliza sistema independente McPherson para o eixo dianteiro. Na traseira, o velho eixo de torção. Já os freios contam com discos ventilados (frente) e tambores (traseira).
O Citroën Basalt Shine Turbo 200 mostra que é possível vender um automóvel que seja agradável aos olhos, bem equipado e potente, mas sem salgar demais no preço.
Sem sombra de dúvidas, o conjunto da obra faz dele um dos melhores carros disponíveis no varejo. Principalmente em um mercado tão inflacionado como o de automóveis.
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Comprei um ontem,60 dias de espera.
A versão “coluna do meio”, poderia dispensar rodas esportivas e ar digital, em prol de faróis com led.