Volkswagen confirma fim do Fox após 18 anos de produção

Fim de linha do compacto, lançado em 2003, dará espaço para incremento da produção do SUV T-Cross na fábrica de São Bernardo

volkswagen fox
Foram mais de 1,5 milhão de unidades do modelo produzidas desde 2003 (Fotos: Volkswagen | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 06/10/2021 às 19h56

A Volkswagen confirmou nesta quarta-feira (6) o fim da produção do compacto Fox. A última unidade do Fox que saiu da linha de montagem – versão Xtreme na cor Vermelho Tornado – passará a fazer parte do acervo da Volkswagen do Brasil e será uma das atrações da Garagem VW, localizada na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

O modelo saiu de linha para dar espaço ao SUV T-Cross na linha de produção da fabricante. O Fox era vendido nas versões Connect (R$ 61.690) e a já citada Xtreme (R$ 67.340). Ambas eram equipadas apenas com o motor 1.6 8 válvulas de 104 cv e cambio manual de cinco marchas.

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“Desde o seu lançamento, em 2003, o Fox foi produzido exclusivamente na fábrica do Paraná e ao longo destes 18 anos se consolidou como um modelo muito querido pelos colaboradores e desejado pelos clientes. O T-Cross segue o mesmo caminho e é motivo de orgulho ver um produto da nossa planta se tornar um sucesso de vendas no Brasil e no exterior”, disse Leandro Lemos de Oliveira, plant manager da Volkswagen em São José dos Pinhais.

Em agosto, a VW entregou algumas unidades do modelo sem a central multimídia – resultado da crise dos chips que assolou as montadoras.

História do VW Fox: recall na Justiça

Projetado no Brasil, o Fox teve mais de 1,8 milhão de unidades produzidas na planta de São José dos Pinhais (PR), sendo que aproximadamente 1,3 milhão foram vendidas no mercado interno e cerca de 500 mil unidades exportadas para diversos países em todo o mundo. Ele ainda teve versões derivadas como a aventureira CrossFox e as peruas SpaceFox e SpaceCross.

O modelo também foi o pivô de um dos casos mais graves de recall no Brasil, quando em 2008 proprietários protestaram após terem os dedos parcialmente ou completamente decepados pelo banco traseiro. O primeiro caso, entretanto, teria ocorrido em 2004.

As mutilações aconteceram de maneira semelhante, quando as vítimas tentavam rebater o assento traseiro. Para realizar essa operação, era necessário puxar uma fita de tecido,  afixada a uma argola metálica, que podia prender o dedo de quem a manipulava. Na sequência, o banco descia abruptamente, provocando os ferimentos.

Ao ser acionada, a Volkswagen alegou que não havia defeito algum no veículo: a empresa atribuiu as lesões a uso incorreto do sistema de rebatimento. Diante da negativa, pelo menos oito vítimas recorreram às vias legais. O Ministério da Justiça interveio e, em 2008, a multinacional acabou assinando um Termo de Ajuste de Conduta, que incluía uma multa de R$ 3 milhões.

Também por força do acordo, a Volkswagen convocou um recall para Fox, CrossFox e SpaceFox. O chamado envolveu 511 mil veículos, de todos os anos de fabricação até então. Os exemplares produzidos a partir de 2008 ainda passaram a trazer instruções sobre o rebatimento no próprio banco.

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