VW processa empresário por vender carros mais baratos do que ela mesma
Revendedor importou modelo exclusivo da China e queria vendê-lo por preço mais convidativo que o praticado pela Volks com seus elétricos na Alemanha
Revendedor importou modelo exclusivo da China e queria vendê-lo por preço mais convidativo que o praticado pela Volks com seus elétricos na Alemanha
Gregory Brudny, empresário alemão, se viu em uma confusão judicial com Volkswagen, uma das maiores marcas de automóveis do mundo. Isso porque o revendedor de carros importou 22 unidades do VW ID.6, um SUV elétrico que só existe na China. No país oriental, o elétrico é fabricado pela joint-venture VW-FAW e vendido por uma quantia mais em conta. Em contrapartida, nas outras partes do mundo, a VW enfrenta problemas para vender sua frota elétrica, principalmente em razão dos preços.
A verdade é que um dos fatores mais limitantes para a popularização dos elétricos é alto valor. Muitos estão dispostos a comprar, mas só quando ficarem mais baratos e parece que as grandes marcas não querem ceder nesse aspecto.
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Outra verdade é que os preços chineses são imbatíveis, por isso Brudny buscou essa ‘alternativa’ . Lá, o Volkswagen ID.3 está disponível a partir de 16 mil euros. Enquanto isso, na Alemanha os valores começam em 40 mil euros, ou seja, mais que o dobro.
Já a versão mais barata do Volkswagen ID.7 custa 31 mil euros no país asiático e no europeu parte dos 56.995 euros. O ID.6, veículo que o revendedor tentou comercializar, custa cerca de 20 mil euros na China, um preço inimaginável, uma pechincha para um carro elétrico familiar com até 588 km de autonomia.
O revendedor alemão declarou que adquiriu os carros de maneira legal, mas quando os veículos foram colocados à venda, a VW interveio com uma liminar contra o empresário. O Volkswagen ID.6 é similar ao ID.4, com algumas diferenças na carroceria e na traseira, por isso segundo a publicação Automobilwoche, a autoridade de transporte alemã, não interveio e quase autorizou as vendas dos carros após algumas modificações e atualizações de software.
Em decisão judicial, o tribunal mandou que apreendessem os modelos, mas a fabricante solicitou que os mesmos fossem destruídos. Brudny argumenta que recebeu aprovação das próprias autoridades alemãs. De acordo com o distribuidor, devido a guerra de preços no mercado mundial, seria um bom negócio vender os carros a um preço competitivo, mesmo com as despesas para transportá-los para Europa. Gregory Brudny está desembolsando cerca de 8 mil euros por mês por custos de armazenamento, e que lhe custará 3330 mil euros caso o tribunal autorize a destruição dos 22 carros, segundo a imprensa Europeia.
O ID.6 foi desenvolvido para mercado chinês para atender um segmento de automóveis com carroceria alongada. Com quase 4,90 m de comprimento ele é bem maior que o ID.4, que mede 4,58 m. O visual do grandão chinês também é mais arrojado e chamativo que o ID.4 que é mais comportado. No entanto, o irmão menor oferecer opções mais potentes que podem chegar a 306 cv com dois motores combinados. Já o ID.6 pode entregar até 225 cv na versão mais potente.
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