T-Roc estreia como primeiro carro da alemã a contar com uma plataforma híbrida plena, além também de um híbrido leve
Um novo Volkswagen T-Roc foi anunciado na última terça-feira (26) para o mercado alemão. Totalmente reformulado nesta segunda geração, ele continua sendo um modelo de muito sucesso na Europa, aliás ele nem é comercializado no Brasil.
Entretanto seu lançamento tem uma influência direta para um novo Nivus. Ele também estreia um novo sistema híbrido pleno na marca, que já estava confirmado para ser usado no Brasil.
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Em entrevista recente ao portal Britânico Autocar, O CEO global da Volkswagen, Thomas Schäfer, afirmou a necessidade de desenvolver um modelo eletrificado para a América do Sul. A fala levantou especulações sobre uma possível unificação das plataformas dos SUVs.
Atualmente o VW Nivus utiliza a plataforma MQB-A0, enquanto modelos maiores, como o novo T-Roc e até o novo Golf G8, compartilham a MQB Evo, que já permite a eletrificação.
Com mais de 2 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento em 2017, o modelo chega totalmente renovado em design, tecnologia e motorização — agora exclusivamente híbrido leve no mercado europeu.
Desenvolvido do zero, o SUV, em declaração da fabricante, aposta em um visual marcante com proporções mais robustas graças ao acréscimo de 12 centímetros no comprimento total. O resultado é um modelo mais espaçoso, com linhas modernas e musculosas, e novas opções de iluminação LED que incluem logotipos iluminados.
O interior foi completamente redesenhado com foco em sofisticação e funcionalidade. A cabine agora traz materiais de acabamento mais suaves e refinados, um painel revestido com tecido inédito e iluminação ambiente que cria uma atmosfera de lounge.
Destaque também para o novo cockpit digital, com tela de até 13 polegadas e opção de head-up display que projeta informações diretamente no para-brisa.
Além do ganho em acabamento, o espaço interno foi ampliado. A marca afirma que passageiros com até 1,85 m de altura podem viajar tranquilamente nos bancos de trás.
O porta-malas ganhou 30 litros extras, somando agora até 475 litros de capacidade. Outro diferencial é o banco ergoActive com ajuste elétrico de 14 posições e função de massagem, disponível na versão Style.
A nova plataforma MQB evo permite também que o modelo ofereça recursos inéditos no segmento, como o novo Travel Assist, capaz de realizar mudanças automáticas de faixa e adaptar-se proativamente aos limites de velocidade. Há também o Park Assist Pro, que memoriza manobras de estacionamento e permite que o motorista estacione o carro remotamente via smartphone.
Entre os outros assistentes disponíveis estão alerta de saída (que avisa sobre a aproximação de ciclistas ou veículos antes da abertura das portas), controle de experiência de condução e uma nova central de comandos com botão giratório multifuncional.
O novo T-Roc estreia com dois motores híbridos leves (mHEV) de 48V: um 1.5 eTSI de 116 cv e outro com 150 cv, ambos acoplados a um câmbio DSG de dupla embreagem com sete marchas. A tração dianteira é padrão, mas versões futuras contarão com tração integral 4Motion e motor 2.0 TSI.
A nova geração do Volkswagen T-Roc continuará sendo produzida na fábrica de Palmela, em Portugal, centro de produção estratégico para abastecer o mercado europeu. A gama terá quatro versões principais: T-Roc (básica), Life (conforto), Style (tecnologia e design) e R-Line (apelo esportivo), com pacotes de opcionais e pintura bicolor reduzidos e reorganizados para facilitar a configuração pelos clientes.
As opções de cor incluem tons inéditos como Amarelo Canário, Vermelho Flamejante e Azul Celestial, além do clássico Branco Puro. Todas as versões podem ser equipadas com suporte para bicicletas elétricas pesadas, reforçando o apelo prático do SUV.
O Volkswagen T-Roc é um modelo muito focado na Europa, mas ele estreia uma tecnologia na marca que já estava confirmada para o Brasil: o sistema híbrido pleno. Trata-se do primeiro do tipo dentro da alemã, que até então só usava eletrificação leve de 48 volts ou plug-in, fora os 100% elétricos.
Em dezembro de 2024, quando a Volkswagen do Brasil anunciou seus planos para os próximos anos, ela anunciou o projeto MQB Hybrid. Essa plataforma irá abrigar dois carros novos e será produzida na fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Na imagem está um esquema similar ao apresentado com o novo T-Roc.
A marca foi econômica com os detalhes sobre o seu primeiro sistema híbrido pleno. O que foi confirmado é o uso do motor 1.5 TSI Evo2, que está confirmado para ser feito no Brasil. Ele será combinado com um módulo híbrido, que inclui o motor elétrico e também faz o papel do câmbio.
Esse módulo é o grande diferencial do sistema híbrido pleno para o leve e o plug-in já usados pela Volkswagen, que utilizam caixa DSG de dupla embreagem. Na eletrificação plena o motor elétrico atua mais e pode ser usado para simular uma caixa CVT quando o motor a combustão entra em ação, funcionamento que é chamado como eCVT.
Dessa forma o 1.5 TSI trabalhará sempre na faixa de maior eficiência. O gerenciamento eletrônico do carro escolhe qual motor irá tracionar e qual irá recarregar a bateria. É o mesmo princípio de funcionamento do sistema usado pela Toyota no Corolla.
A bateria é montada sob o banco traseiro, realocando o tanque de combustível para uma posição sobre o eixo traseiro. Tanto a capacidade da bateria quanto o volume do tanque não foram divulgados.
Esse sistema híbrido será oferecido em versões de 136 cv ou de 170 cv, sempre com torque de 31,2 kgfm. Na primeira versão o 1.5 rende 130 cv enquanto na segunda a potência é de 149 cv, com o torque sendo sempre de 25,5 kgfm.
O motor TSI Evo2 possui várias tecnologias que já reduzem o consumo por conta própria, como o desativamento de cilindros, o turbo de geometria variável e a possibilidade de trabalhar em ciclo Miller em algumas situações. Ele também pode ser combinado com um sistema híbrido leve de 48 volts, que também está confirmado para o Brasil e já explicamos como funciona.
O motor a combustão é aliviado de outras tarefas, como tocar o compressor do ar-condicionado e o servo-freio. Eles serão conectados a bateria de alta voltagem, trazendo ainda mais economia de combustível.
Segundo o portal Autos Segredos, os carros nacionais da Volkswagen com esse sistema híbrido serão as novas gerações do Nivus e do T-Cross. Ambos serão feitos em Achieta. A nova caminhonete intermediária usará o eTSI de 48 volts e terá sua produção realizada em São José dos Pinhais (PR).
Só começaremos a ver essas tecnologias chegando ao Brasil em 2027, com o híbrido leve podendo chegar antes em algum importado.
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