Este é o ‘calcanhar de aquiles’ do carro elétrico no Brasil
Os veículos movidos a bateria ainda enfrentam várias dificuldades quando falamos da realidade do mercado brasileiro
Os veículos movidos a bateria ainda enfrentam várias dificuldades quando falamos da realidade do mercado brasileiro
Muitas pessoas perguntam se eu sou contra o carro elétrico. A resposta é: nada disso, pelo contrário! Eu tenho certeza de que, a longo prazo, o motor elétrico é que vai movimentar o mundo.
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No entanto, no Brasil, ele ainda não é a solução ideal para todos devido às várias restrições. Entre elas, está a de recarga da bateria, que é uma das principais.
Imagine, por exemplo, que você comprou um carro elétrico e recebeu de cortesia o carregador, ótimo, não é? Mas, acontece que você mora num apartamento e o prédio provavelmente não foi projetado para receber um carregador por unidade.
Então resta carregar o carro num ponto de recarga público ou semi público. Só que logo você vai descobrir que se for uma recarga mais ou menos rápida, o custo do kilowatt talvez seja maior ou igual ao da gasolina. E, para completar, se você deixar o carro plugado no ponto de recarga mesmo depois de completar a 100%, você ainda vai ser penalizado com uma bela multa.
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Os prédios antigos não suportam nem a instalação de ar condicionado.
Por enquanto os elétricos à bateria são vantajosos apenas em duas situações, ambas de uso urbano:
– Automóvel pequeno, desde que o proprietário possa recarregá-lo em casa (com estrutura própria).
– Veículos comerciais e de serviços operados em frotas, com rodagem monitorada e recarga programada.
No mais, a melhor alternativa são os eletrificados que “fabricam” a sua própria eletricidade:
– Hoje, os Hibridos autênticos (sem aquela vigaricie de “micros” e “leves”).
– E no futuro, os Fuel-Cel.
O problema do carro elétrico é um só no mundo inteiro: Baterias não armazenam eletricidade, e sim energia química. Quando uma bateria é carregada, ela realiza uma conversão de energia, e essa conversão tem um limite de potência. Na prática, isso significa que o carro elétrico a bateria plug-in é viável apenas para quem percorre trajetos previsíveis, e dependendo do carro, curtos.
Concordo que para quem mora em condomínios, a operação de recarga é complicada.
Não basta o síndico autorizar a recarga. Muitas vezes, será necessário uma assembléia específica para que a administração do condomínio (horizontal e vertical) possa contratar empresas especializadas para redimensionar e adequar todo o sistema de energia fornecida pela concessionária elétrica, com substituição de parte da infraestrutura (fiação elétrica, transformadores, medidores, disjuntores, etc.).
No Brasil, com algumas exceções, os híbridos ainda serão por um bom tempo a melhor solução que os elétricos.
Espera-se que num horizonte não muito distante, as novas construções, inclusive condomínios e grandes centros comerciais, comecem a incorporar infraestruturas adequadas para permitir a recarga de veículos elétricos.
Concordo, para implementar as tomadas nos condomínios é quase impossível a instalação para veículos elétricos. No mínimo tem que contratar empresa de engenharia para fazer o levantamento de carga existente do condomínio e projetar substituição de cabos, tubulações, disjuntores, paineis, elétricos e medidores de energia individual para cada garagem (como forma de medição de energia individual para levantamento de consumo e transformar em cobrança para cada condómino), etc. Isto pode gerar um alto custo. Acredito que se o condomínio autorizar o projeto, a instalação de tomadas tem que ser para todas as vagas de garagem, mesmo para aquele que não pensa em ter carro elétrico.