Carro será só elétrico, mas até chegar lá…

O longo processo até a frota 100% a bateria fará com que diversas alternativas sejam lançadas e focadas em cada região

Projeto 3D de carro abastecido por Hidrogênio Carro elétrico
Hidrogênio e etanol são bons exemplos de alternativas temporárias para o carro elétrico (Foto: Shutterstock | AutoPapo)
Por Boris Feldman
Publicado em 07/03/2025 às 07h00

É fácil prever que o futuro do carro será elétrico, mas não é nem um pouco simples saber quando ele será somente elétrico. E o primeiro fator que dificulta essa previsão diz respeito à existência de algumas alternativas ao combustível fóssil, além do veículo movido a bateria.

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Existem automóveis alimentados por hidrogênio, etanol e outras fontes de energia. Outro fator, que deve ser levado em conta na hora das previsões é que cada região do mundo terá uma alternativa mais ajustada com seu potencial energético.

E neste caso, muitos apostam que o etanol será a mais provável opção ao combustível fóssil, especialmente em território brasileiro. E sabe o que é ainda mais interessante para o Brasil? Saber que o carro pode rodar eletricamente a partir do hidrogênio que por sua vez foi extraído do etanol.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
7 Comentários
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Éder Souza dos Santos 8 de março de 2025

A imensa maioria da população trabalha muito e não tem tempo e nem condições de fazer longas viagens durante o ano. Mal mente alguns. Geralmente em final de semana ou mim feriadão a gente faz viagens curtas de até 300 km de distância. Quando fazemos uma viagem longa é nas férias, ou seja, uma vez no ano e olhe lá!
Não adianta falar que não serve pra longas viagens se a gente não tem tempo e nem dinheiro pra isso.
Portanto, o carro elétrico já é o presente e será tbm o futuro, é um fato.
É no veículo ideal para o dia a dia casa x trabalho. Ao invés de gastar mais de 500 reais de combustível mensal gasta cerca de 50 reais na conta de energia da casa! E para pequenas viagens, com menos de 300 km então nem se fala, gasta cerca de 30 reais na conta de energia.
Não tem o que ficar consertando no motor, sem risco de combustível adulterado, tão comum no país inteiro.
Em alguns estados como no meu é isento de IPVA.

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Rodrigo 8 de março de 2025

Respeito sua opinião e até acho que poderia ser uma alternativa válida…mas até msm na Europa e EUA, ou seja, 1° mundo, a situação está se invertendo. Mais da metade de consumidores que adquiriram elétricos puros não trocaria por outro …muitos o fariam por híbridos e outros tantos voltariam pra combustão…
De qq forma, qual seria o percentual da população de países como o nosso que teriam condições de adquirir um veículo elétrico e gastar dezenas de milhares de reais pra substituir suas baterias??? Ou de ter um 2° veículo pra utilizar em viagens “complicadas” (longas/poucos locais de abastecimento, etc)…
E a realidade da grande maioria das pequenas cidades, onde não se encontra muitas opções ( ou até msm nenhuma) pra recarregar???
Desculpa, mas acho que estamos ainda muiiito longe pra se concretizar a utilização em massa de veículos elétricos puros…

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Éder Souza dos Santos 9 de março de 2025

Temos hj diversos exemplos de usuários que rodam aplicativos com carro elétrico em que a bateria segue com 100%, mesmo já tendo rodado mais de 100 mil km. Então essa questão não é uma preocupação, ainda mais que a bateria tem garantia de 8 anos e mesmo depois disso seguirá funcionando bem.
Apesar de ter nascido e criado na capital, atualmente moro numa pequena cidade do interior após solicitar uma transferência para uma filial da empresa em que trabalho, e aqui grande parte das pessoas moram em residências, tem espaço para instalar um walbox, e a maioria dos carros elétricos atuais rodam até 300 km com uma carga.
Carro elétrico é caro mesmo, mas o a combustão tbm tá caríssimo. O que tá Salvando milhões de Brasileiros são as ofertas de carros usados, a imensa maioria dos veículos vendidos em 2024. Quem tem grana e juízo compra carro seminovo, ainda novinho, na garantia, bem cuidado e bemmm mais em conta.
Eu trabalho a semana inteira, minha vida é muito corrida, sem condições de longas viagens, como a imensa maioria da população.
O carro elétrico pra mim é muita economia, poder usar todo dia sem gastar gasolina cara, menos dor de cabeça no futuro em oficina para manutenção do motor ou do câmbio, é só pneu e suspensão pq os freios não usa, o carro freia sozinho!
Quando vc usar um por uma semana apenas vai entender pq quem tem ama, não volta atrás.

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Rodrigo 7 de março de 2025

Neste feriado pude comprovar o que sempre pensei… Estamos mito longe de poder abrir mão dos carros a combustão… Estava eu em uma rodovia com 96km’s de extensão, velocidade liberada de 110km/h (portanto em regime normal, menos de 1h de viagem). Lá pela 4ª hora de congestionamento, à noite, já tinha passado por 02 Dolphins trafegando com os vidros abertos (detalhe, no asfalto, a temperatura marcava 42º graus) e faróis apagados… Muito provavelmente com receio de ficar sem carga… Tentei pesquisar a autonomia em hs destes veículos, mas só encontrei em km’s… mas acredito que também percam carga no arranca e pára dos congestionamentos…

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Éder 8 de março de 2025

Os donos desses podem ser emocionados que compraram o veículo antes de analisar direito. Carro elétrico é veículo para uso urbano e viagens curtas, com no máximo 300 km. Viagens longas até pode ser, mas exige muita programação e demora muito mais, não acho que vale a pena.

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Rodrigo 8 de março de 2025

Como falei antes, são 96km’s até a 1° cidade…só que era feriadão e já estava há 4hs no anda e pára … o problema deve ter sido o que vc citou, falta de programação e/ou planejamento…

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Santiago 7 de março de 2025

Para que a tecnologia a baterias seja honestamente limpa, primeiro haverá de se conseguir produzir eletricidade 100% de fontes renováveis e em abundância, em nível mundial! E estamos ainda bem longe disso.
A tecnologia à baterias foi um experimento dos anos 70, quando a eletricidade “na tomada” era mais disponível e barata. Porém isso foi logo engavetado por imposição das famigeradas “sete irmãs” do petróleo.
Hoje porém a eletricidade “na tomada” é mundialmente menos disponível, bem menos limpa, e bem mais cara.
Diante disso, o verdadeiro futuro está nos veículos que “fabricam” a sua própria eletricidade, à partir de combustíveis cada vez mais limpos e com tecnologias cada vez mais revolucionárias.
Já a tecnologia a baterias tem melhor potencial para veiculos pequenos de uso urbano-individial e empregados em frotas direcionadas de serviços locais. E só.

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