Vou insistir no uso do cinto de segurança no banco traseiro

Usar o cinto de segurança no banco traseiro pode salvar a vida não só de quem está ali, mas também a dos ocupantes na dianteira!

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Por Boris Feldman
Publicado em 12/04/2018 às 19h03
Atualizado em 12/02/2020 às 21h32

Já vou logo pedindo desculpas aos prezados leitores por martelar novamente na sua cabeça sobre a importância do udo do cinto de segurança no banco traseiro. Acabei de ler mais uma notícia sobre um acidente de automóvel que saiu da estrada, capotou, vários passageiros se feriram gravemente e um deles faleceu.

E cada vez que vejo uma notícia como essa, que sai quase diariamente no jornal, rádio, televisão e internet, eu fico entre incrédulo e indignado. Porque a imprensa não toma o cuidado de averiguar exatamente o que ocorreu e diz, no máximo, que os ocupantes “foram cuspidos do automóvel”.

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Como não existe no Brasil a cultura de se preocupar com a segurança veicular, a imprensa raramente se lembra de informar que, se foram cuspidos, é porque não usavam o cinto de segurança. Porque ainda prevalece a ideia de que passageiro no banco de trás não precisa de afivelar o cinto, pois está protegido pelo banco dianteiro no caso de um impacto frontal. E, segundo as estatísticas, nem 30% das pessoas fazem uso do cinto de segurança no banco traseiro.

uso do cinto de segurança banco traseiro de trás cinto no banco traseiro

Uso do cinto de segurança no banco traseiro assegura proteção a todos

Dispensável explicar que esta ideia de ser protegido pelo banco da frente é uma enorme tolice. Em primeiro lugar, porque no caso de um impacto frontal em elevada velocidade, quem está no banco traseiro é arremetido com peso de toneladas contra o dianteiro. Não é raro o caso do passageiro que estava atrás acabar ferindo (as vezes fatalmente) o da frente que estava com seu cinto afivelado.

Além disso, quase sempre o automóvel capota lateralmente depois de derrapar numa curva mais fechada ou devido a um golpe do motorista no volante para, por exemplo, se desviar de algum obstáculo. Neste acidente é bastante provável que o passageiro sem o cinto seja “cuspido” do carro com graves consequências.

Outra probabilidade é de bater forte a cabeça contra o teto ou coluna lateral do carro e perder a consciência, ficando sem condições de se safar de um incêndio, por exemplo.

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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

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