Consumo de combustível declarado pelas fabricantes é confiável?

Será que podemos acreditar no consumo declarado pelas fabricantes? Antes era um festival de mentiras. E agora com a etiqueta do Inmetro?

etiquetaveicular
Por Boris Feldman
Publicado em 15/02/2018 às 16h53
Atualizado em 30/01/2020 às 19h48

Será que podemos acreditar no consumo de combustível declarado pelas fabricantes? Antigamente era um festival de mentiras. Será que agora as coisas estão melhores ou ainda vivemos a era da PI-CA-RE-TA-GEM? Entenda:

[TRANSCRIÇÃO]

Dá para acreditar quando as fábricas declaram o consumo de combustível dos seus modelos? Bem, a verdade é que no passado cada uma declarava o que bem entendia e era um festival de mentiras, pois não havia uma padronização para medir o consumo.

Quem acabou essa festa foi o Inmetro, ao estabelecer o sistema de etiquetagem veicular que classifica cada modelo vendido no Brasil de acordo com seu consumo por categoria. Essas etiquetas são obrigatoriamente dependuradas no carro no showroom das concessionárias.

Leia também: ar quente pode fazer com que o carro “beba” mais? 

E pode até haver uma distorção desses números de consumo, mas ela é a mesma para todos os automóveis. E, se não reflete exatamente o consumo real nas ruas e nas estradas, pelo menos é um bom referencial. Pois, dá para saber, entre dois modelos, quem bebe mais e quem bebe menos.

Consumo declarado etiquetagem veicular Inmetro
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Boris Feldman

Jornalista e engenheiro com 50 anos de rodagem na imprensa automotiva. Comandou equipes de jornais, televisão e apresenta o programa AutoPapo em emissoras de rádio em todo o país.

Boris Feldman
1 Comentário
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Iron 16 de fevereiro de 2018

Pois é… mas ao contrário do que faz o Inmetro, que classifica por ” categoria” em que todos os carros a venda neste País são classe A (é possível entender isso?..), o Inmetro deveria ter classificação ÚNICA independente da categoria do carro, pois o foco é analisar a economia, não o carro. Assim, o cidadão teria uma real análise para decidir uma compra.
Como pode uma caminhonete flex fazer 4,5km/l etanol e ter a mesma classe A de um compacto que faz 8,5km/l?
É uma vergonha este País em tudo que se olha.

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