Capacete: TUDO o que você precisa saber sobre
Motociclistas, ciclistas e condutores de outros veículos que utilizam capacete devem saber como escolher e cuidar do modelo ideal
Motociclistas, ciclistas e condutores de outros veículos que utilizam capacete devem saber como escolher e cuidar do modelo ideal
O capacete, seja de moto, bicicleta ou de outro veículo, é o principal item de segurança do condutor. Tanto que é o único exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para pilotos de motocicletas, motonetas e ciclomotores. Porém, por mais que os capacetes sejam encontrados sem esforços e também facilmente utilizados por qualquer cidadão, existem informações que o piloto deve saber antes e depois de sua aquisição. Por isso, registramos um guia com tudo o que você precisa saber sobre o item.
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Antes de começar a lista, vai um alerta: o capacete é crucial para a segurança do condutor.
Em entrevista, o médico do Departamento Científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dr. Aquilla dos Anjos Couto, já nos confirmou que o capacete é um item fundamental para preservar o crânio e minimizar o impacto no caso de um acidente.
Nossa cabeça tem uma proteção natural que é a calota craniana, um arcabouço ósseo que protege o cérebro. Quando o ser humano está mais rápido que sua velocidade natural ele é exposto além do que biologicamente suportamos. Neste caso, em um impacto, caso haja um traumatismo crânio, apenas calota não é suficiente para essa proteção completa. Então o capacete nada mais é que uma proteção extra que auxilia a redistribuir esse impacto e minimizá-lo. Se você bater a testa em alta velocidade, por exemplo, o capacete redistribui o impacto pela cabeça toda”, explica o especialista.
O médico ainda chamou atenção para os dados da publicação científica “Trânsito: Um olhar da Saúde para o tema”, de 2018, realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde e OMS. Nela é apontado que o uso correto de um capacete pode resultar em 40% de redução do risco de morte e em até 70% de redução do risco de lesão grave.
Este talvez seja o primeiro pensamento de um condutor que por algum motivo pensa em adquirir um capacete. Infelizmente aqui a resposta é: depende. Cada tipo de capacete, para diferentes usos, modalidades ou sofisticação, tem um valor determinado. Porém podemos colocar uma margem de valores médios para cada piloto.
Como regula o CTB, junto ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran), este em sua resolução Nº 940, os capacetes devem conter uma série de requisitos para que sejam utilizados. Mas para facilitar a vida do condutor e isentar que ele necessite ler toda a legislação, a principal exigência atesta que, para que o item possa ser utilizado, ele deve estar certificado por um organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O órgão de fiscalização aprova apenas os modelos condizentes com a legislação.
Além dessa condição primordial, os capacetes para motocicletas, motonetas e ciclomotores também devem ter: adesivos refletivos nas partes frontal, laterais e traseira, fecho de travamento no queixo, viseira – no caso de modelos abertos o condutor deve estar de óculos de proteção – e o item também deve estar em bom estado de conservação. Óculos de sol não são considerados óculos de proteção.
Hoje, assim como praticamente qualquer coisa, um capacete pode ser encontrado em lojas on-line. Porém quem preferir buscar o seu a moda antiga, lojas especializadas em equipamentos de motocicleta dispõe facilmente de variados modelos.
Sabendo o preço e onde comprar a única coisa que falta para adquirir um capacete de moto ou de outros veículos é o tamanho correto.
Para isso não há mistérios ou dificuldades, a numeração do tamanho do capacete é a mesma do tamanho da circunferência do crânio da pessoa, em centímetros. Para medir também é simples, basta colocar uma fita métrica no meio da testa e contornar toda a cabeça até que as duas pontas se unam.
É esperado que o capacete de moto aperte as bochechas do condutor, pois a espuma nova ainda está rígida. O que não pode acontecer é o incômodo no crânio. Nestas situações, é melhor pegar um número maior.
Como já afirmado, cada capacete depende do tipo de veículo, mas também vai depender da forma que o piloto o usa.
Por exemplo, existem vários capacetes para motociclistas, cada um direcionado para uma atividade, como: motovelocidade, supermoto, trilha, uso urbano ou outros. Cada uma destas atividades tem tipos de capacetes que proporcionam um melhor desempenho.
Hoje os capacetes não servem apenas para proteger, mas também para a comunicação. Modelos mais sofisticados vêm com intercomunicadores Bluetooth e permitem que colegas que estejam viajando juntos falem um com o outro, por exemplo. Também é possível conectar com o celular e atender ligações ou atém mesmo ouvir musica. Quem tiver um modelo mais antigo ou simples pode apelar para comunicadores que são vendidos a parte na internet.
Aqui também não há segredos, a única coisa necessária é cuidado. Os capacetes atuais facilitam muito a sua lavagem, pois na maioria já contam com espumas internas removíveis, o que facilita muito o trabalho do motociclista. Nestes casos, estas partes podem ser separadas do casco e lavadas sozinhas até em uma máquina de lavar. Já os mais simples podem ter suas espumas higienizadas junto com o casco.
O mais importante na hora de lavar o capacete é não utilizar produtos muito agressivos. Os sabonetes neutros e escovas de cerdas macias são perfeitos para preservar a qualidade do item. Não é preciso ter pena de encharcar todas as partes, já que o capacete tem capacidade de secar completamente se colocado em um local arejado.
Um bom toque final é a aplicação de uma cera protetora no casco do capacete. De tempos em tempos, produtos hidratantes nas partes plásticas também são indicados, preservando a integridade das mesmas e prevenindo quebras por ressecamento.
Na viseira o motociclista pode utilizar o mesmo sabonete neutro que usou na lavagem do casco e das espumas. Na hora de secar, certifique-se apenas que o pano seja de superfície macia. Flanelas de microfibra são ideais para evitar arranhões.
Nessa parte só chega quem seguiu todas as instruções acima e não teve nenhum acidente com o capacete. Falar de prazo de validade sempre gera uma certa polêmica e por mais que muitos afirmem que isso não existe, é bom saber a data de fabricação do seu modelo para continuar 100% seguro.
A maioria das marcas aponta que a substituição do item seja feita a cada 3 anos, ou 5 anos após a sua data de fabricação, pois dentro deste prazo é atestado que os componentes internos ainda estão em boas condições. Após esse tempo eles começam a sofrer deformações naturais e não protegem como deveriam.
Outra recomendação que deve ser levada a sério é no caso de quedas. Quando o condutor cai com sua motocicleta e atinge o chão com o capacete, a troca deve ser imediata, mesmo que ele ainda pareça novo. Aqui o grande ponto é que uma trinca interna, na camada de proteção do capacete, pode ter acontecido e comprometido sua eficácia.
Como é um item obrigatório, o capacete sujeita o piloto a multa caso ele não cumpra determinadas normas. Os artigos 54 e 55 do CTB exigem a utilizações capacete para o condutor e também para o garupa, respectivamente. Em caso dessa desobediência, quem penaliza a medida é o artigo 244.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
I – sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e as especificações aprovadas pelo Contran;
II – transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir;
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