Bem antes da Copa do Catar, Brasil enfrentou a Sérvia nas ruas dos EUA

O primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo do Catar será contra a Sérvia, mas um carro muito brasileiro já competiu contra um sérvio

montagem yugo gv e volkswagen fox brasil e servia
Os carros baratos estavam em alta nos EUA e vários países mandaram os seus (Fotomontagem: Eduardo Rodrigues | AutoPapo)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 24/11/2022 às 14h23

Nessa quinta (24) o Brasil irá enfrentar a Sérvia na Copa do Mundo, no Catar. Mas no mundo automotivo esses países já competiram entre si, mas o campo foi as ruas dos EUA. A briga foi no mercado de carros compactos de entrada.

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Nos anos 80 os carros japoneses já estavam bem consolidados e já cobravam pela qualidade. Isso abriu espaço para novos competidores no segmento de carros de entrada. Foi nessa época que o empresário Malcolm Bricklin, o mesmo que levou a Subaru aos EUA, decidiu levar um carro iugoslavo para ser o modelo mais barato do país.

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O carrinho fabricado pela Zastava foi vendido nos EUA como Yugo e chegou se comparando com o Ford Modelo T e o Fusca, carros populares históricos. A estratégia de Bricklin era de usar publicidade bem-humorada e vener o Yugo até para quem já tinha outros carros, sendo o compacto econômico para o uso diário.

A fábrica da Zastava ficava em Kragujevac, cidade que hoje fica localizada na Sérvia. A empresa tinha uma parceria com a Fiat, por isso o Yugo usava motores e plataforma derivados dos usados pelos 127 e 128. E por causa dos EUA, fizeram uma versão com câmbio automático.

Quando começou o Brasil x Sérvia nas ruas dos EUA

A Volkswagen foi ícone no segmento de carros compactos nos EUA com o Fusca, assim como foi em muitos outros mercados. O fim do besouro por lá trouxe o Golf como carro de entrada, mas o hatch cresceu e junto cresceu o seu preço.

Em 1987 o nosso Voyage e a Parati passaram a ser importados para os EUA com o nome Fox. Os carros receberam muitas mudanças, recebendo até injeção eletrônica no 1.8 AP.

A ideia era de entrar na briga dos carros baratos nos EUA com um veículo maior e com motorização mais potente. A falta de câmbio automático atrapalhou um pouco nas vendas. Apesar disso, o Fox conseguiu bons resultados de vendas e possui seus fãs por lá até hoje.

No período de tempo onde esses compactos do Brasil e da Sérvia competiram entre si, a situação econômica dos EUA estava melhorando. Com a virada dos anos 90 o petróleo já estava baixo a ponto de SUVs grandalhões virarem o carro padrão das famílias e esse segmento de carros baratos vindos de cantos diferentes do mundo sumir.

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