Dieselgate: Peugeot é acusada de fraudar testes de emissões
Peugeot é acusada de fraudar nas emissões de motores diesel; se for condenada, poderá pagar multas de até R$ 30,9 bilhões
Peugeot é acusada de fraudar nas emissões de motores diesel; se for condenada, poderá pagar multas de até R$ 30,9 bilhões
Depois da Renault e da Volkswagen serem processadas pela União Europeia por trapacearem nos testes de emissões, é a vez da Peugeot. As acusações de trapaça são direcionadas a veículos com motor diesel vendidos entre 2009 e 2015, que deveriam atender a norma Euro 5.
Segundo a Stellantis, a Peugeot terá que desembolsar € 30 milhões (R$ 184,83 milhões) para “potenciais compensações e prejuízos,” € 10 milhões (R$ 61,61 milhões) em multas, € 2 milhões (R$ 12,3 milhões) para representação no tribunal e mais € 8 milhões (R$ 49,28milhões) em danos, caso seja culpada.
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A Peugeot se defende dizendo que não trapaceou nos testes de emissões e que seus motores diesel atendem a norma Euro 5. A marca se disponibiliza também para demonstrar na prática que os motores são limpos.
A agência antifraudes francesa DGCCRF apresentou um relatório para o sistema de justiça da França em 2017 alegando “uma estratégia global para a fabricação e venda de motores fraudulentos.” Segundo investigações, cerca de 1,9 milhões de carros foram vendidos por Peugeot e Citroën com sistemas de trapaça para os testes de emissões na França, entre 2009 e 2015.
A DGCCRF sugere uma multa no valor de € 5 bilhões (R$ 30,9 bilhões) para a Peugeot por conta das alegações de adulteração dos motores. Como referência, a Volkswagen foi acusada de vender 11 milhões de carros à diesel com motor adulterado e pagou até então € 30 bilhões (R$ 185,5 bilhões) em multas.
O escândalo do Dieselgate começou em 2015 quando a Volkswagen admitiu ter modificado os motores diesel para emitir menos durante os testes de emissões. O software do sistema de injeção identificava quando o carro estava fazendo um padrão de testes e entrava em um modo de baixa emissão para garantir o resultado dentro do esperado.
Porém em uso comum o carro emitia até 40 vezes mais que o permitido pela legislação europeia. Em 2017 foi a vez da Renault ser pega pelo mesmo tipo de fraude.
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