Direção autônoma de Tesla não vê animal e causa acidente
Usuário do X relata que acabou atropelando um cervo enquanto o sistema Full Self-Driving do seu modelo estava ativado
Usuário do X relata que acabou atropelando um cervo enquanto o sistema Full Self-Driving do seu modelo estava ativado
A direção autônoma é uma tecnologia que está sendo cada vez mais implementada nos carros recentes. Ela é uma solução transportada diretamente dos filmes futuristas para aumentar o conforto e até mesmo a segurança durante o deslocamento. No entanto, quando essa ferramenta falha, podem ocorrer fatalidades, como aconteceu com o Tesla de um usuário do X.
O internauta estadunidense postou na mídia social que acabou matando um cervo enquanto dirigia seu modelo da Tesla que não foi especificado. O motorista afirma que nem ele, nem o sistema de direção semi-autônoma Full Self-Driving (FSD) do veículo que estava ativado, conseguiram ver o animal.
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Na publicação, o condutor afirmou: “Bati no veado com meu Tesla. O FSD não parou, mesmo depois de bater no veado em velocidade máxima. Grande surpresa depois de receber uma dúzia de paradas falsas todos os dias!”. Ou seja, além de não detectar o veado antes do impacto, o sistema também não percebeu a colisão em si.
O proprietário do Tesla alega que não diminuiu a velocidade nem tentou evitar o animal porque, mesmo com o animal aparecendo no vídeo, tudo foi muito rápido e ele parecia “um pedaço irregular da estrada”. No final das contas, o cervo morreu no impacto e o carro foi embora com o capô amassado e recuado na lataria.
Na maioria dos sistemas de direção autônoma ou semi-autônoma, as montadoras utilizam a tecnologia de radar ou LiDAR (tecnologia de sensoriamento remoto que usa feixes de laser para medir distâncias e movimentos precisos em um ambiente em tempo real) para mapear seus arredores. A Tesla, no entanto, usa apenas imagens de câmera.
No vídeo publicado pelo usuário do X é possível ver o cervo de cor clara parado e alinhado com a faixa pontilhada, o que pode ter dificultado a identificação do animal, já que não houve contraste entre o animal e a parte do asfalto. Ainda sim, paira no ar o questionamento: outra tecnologia como o radar ou LiDAR poderia ter evitado a colisão, já que não depende de imagem para isso?
Outra vantagem desses sensores em relação ao dispositivo que é utilizado pela Tesla é a detecção 3D de obstáculos na pista em neblina. Eles conseguem ver mais à frente do que olhos humanos ou câmeras, pois podem identificar objetos através de superfícies.
Ainda mais preocupante é que o Tesla não parou mesmo depois de bater no veado. Nenhum sensor de impacto ou câmera notou o acidente e disse ao carro para encostar, diminuir a velocidade ou até mesmo entregar o controle de volta ao motorista. Uma colisão com um veado geralmente é um impacto considerável para um carro, especialmente quando a colisão consegue realocar o capô inteiro.
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