Stellantis irá encerrar as atividades na fábrica do motor E.Torq
A fábrica de motores do grupo em Campo Largo (PR), onde é feito o E.Torq, será fechada em breve e seus trabalhadores serão realocados
A fábrica de motores do grupo em Campo Largo (PR), onde é feito o E.Torq, será fechada em breve e seus trabalhadores serão realocados
A fábrica de motores da Stellantis de Campo Largo (PR), onde é produzido o E.Torq, terá suas atividades encerradas em breve. Hoje ela produz apenas o 1.8 para ser usado na versão de exportação da Fia Toro para países da América Latina, onde se chama Ram 1000.
No site da Ram colombiana o modelo não consta mais. Nos sites de Chile, Peru e Panamá ainda consta a Ram 1000 com motor 1.8. O único lugar com opção do 2.0 turbodiesel é o Chile. A versão 1.6 do E.Torq foi exportada para a Europa, onde era usado no Tipo, no 500X e no Jeep Renegade, mas desde 2020 foi substituído pelo 1.0 turbo Firefly.
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Segundo apuração do jornal Gazeta do Povo, a Stellantis já comunicou a prefeitura da cidade e o governo do estado sobre o fechamento da fábrica. A empresa se propôs a transferir os 210 trabalhadores da planta para outras unidades pelo Brasil ou auxiliar na transição de quem quiser ficar pela região.
Esse motor E.Torq é na verdade uma atualização do motor Tritec, que foi desenvolvido pela Chrysler. Seu projeto foi fruto de uma joint-venture entre a empresa norte-americana e o grupo Rover, que na época pertencia à BMW.
O motor Tritec era um quatro cilindros com bloco de ferro, 16 válvulas e comando simples em um cabeçote feito em alumínio. Ele foi usado pelo Mini, Chrysler PT Cruiser e alguns carros chineses antes da fábrica ser comprada pela Fiat.
Quando a empresa italiana comprou a fábrica da Tritec, ela precisava de um motor para suceder o 1.8 da Chevrolet que usava em alguns modelos. O propulsor foi atualizado, recebeu versão 1.8 e ganhou o nome E.Torq.
Esse motor agradou nos compactos como o Punto, Palio, Argo, Strada e Siena. Já nos pesadões Renegade e Toro, o 1.8 era uma combinação desastrosa. Ele respondia bem em altas rotações e exigia mais agressividade com o pedal da direita.
A Fiat atualizou o E.Torq com tecnologias como o coletor de admissão variável, com intenção de melhorar as respostas em baixas rotações. No Brasil ele deixou de ser ofertado quando a dupla Renegade e Toro recebeu o novo 1.3 turbo, que pôs fim de vez a todas as críticas de desempenho.
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