Fábrica de SUVs da Mitsubishi passará a produzir papel higiênico
Fabricante de veículos vendeu unidade industrial localizada no Japão para empresa que atua no ramo de artigos sanitários
Fabricante de veículos vendeu unidade industrial localizada no Japão para empresa que atua no ramo de artigos sanitários
A Mitsubishi acaba de vender uma fábrica de SUVs localizada no Japão. Era uma das três unidades industriais destinadas a veículos que a empresa mantinha no país. Curiosamente, a Daio Paper, que adquiriu o imóvel, dedica-se a uma atividade comercial completamente distinta: em vez de automóveis, a companhia produz papel higiênico.
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Pode parecer estranho, mas, do ponto de vista comercial, o negócio até que faz sentido. É que, no Japão, a demanda por papel higiênico aumentou significativamente durante a pandemia. Por sua vez, a Daio Paper é a maior empresa desse setor no país asiático. Por outro lado, o mercado de veículos sofreu bastante durante esse período.
A situação da Mitsubishi, em particular, é ainda pior: os custos de produção da multinacional aumentaram 30% entre os anos de 2015 e 2019, mas as vendas não reagiram da maneira esperada. O principal produto fornecido pela unidade industrial repassada à Daio Paper era o Pajero Full. O maior mercado do modelo era o estadunidense, que chegou a importar até 170 mil unidades por ano. Porém, em 2019, o país adquiriu apenas 63 mil exemplares.
Diante isso, a empresa anunciou um plano para reduzir os próprios gastos em 20%, e a venda da unidade industrial deve ajudar a alcançar essa meta. Segundo a Mitsubishi, dos cerca de 1.000 funcionários que trabalhavam na fábrica de SUVs, pelo menos 300 foram realocados para outras unidades. Por sua vez, a Daio Paper está em excelente momento comercial: no ano passado, ampliou a capacidade de produção em mais de 40 toneladas de papel higiênico por mês.
A venda da fábrica colocou US$ 32 milhões (valor equivalente a cerca de R$ 167,2 milhões) nas contas da Mitsubishi. No futuro, a marca pretende usar todos os recursos decorrentes do plano de reestruturação para desenvolver carros elétricos. Vale lembrar que, há cerca de cinco anos, a empresa passou a integrar a aliança global formada pela Renault e a Nissan. Por isso, os novos produtos compartilharão tecnologia com as fabricantes parceiras.
Caoa Chery e HPE Mitsubishi são grupos brasileiros em franca expansão: Boris Feldman comenta em vídeo!
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Impressionante a decadência da marca… de excelentes automóveis, brilhantismo em competições, quase falir e ver seus carros agora sendo “Nissans com logo Mit”… que tristeza…
Amigo no mundo dos negócios o que vale é a rentabilidade em si. E se tratando do público que nem todos podem arcar com os preços oferecidos pela marca. Assim sendo é melhor se aliar as que mais vendem para continuar oferecendo alguma coisa.
A julgar pelo design de seus últimos veículos, pode-se até mesmo dizer que são atividades complementares…