Condição pode causar inúmeros sintomas físicos e mentais; acomete principalmente profissionais do transportes que tem longas jornadas, como caminhoneiros
O ato de dirigir exige do condutor muita atenção e domínio das capacidades cognitivas. Porém, após longas jornadas de trabalho ou trajetos na estrada, essas capacidades ficam prejudicadas pela fadiga. E tentar lutar contra ela é um esforço em vão, uma derrota certa, que pode colocar a sua vida e a de outras pessoas em risco.
Prova disso é que, segundo um relatório da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) de 2019, dormir ao volante é a 3ª maior causa de acidentes de trânsito no país. Outro estudo mais recente realizado pela pela Denox, em parceria com a MedNet, mostrou que a situação é crítica e vai além do sono, já que 60% dos acidentes rodoviários no Brasil têm como causa principal a fadiga dos motoristas.
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A fadiga é um estado de desgaste que pode se expressar tanto no aspecto físico e mental quanto no emocional, ocasionado normalmente por um período de esforço intenso ou prolongado. Sendo assim, uma pessoa fatigada pode apresentar sintomas como:
Além de ocorrências pontuais, a fadiga em si pode ser um sintoma médico de um desgaste que vai além do simples cansaço. A pessoa acaba se sentindo sem energia para trabalhar ou realizar suas atividades corriqueiras com uma imensa necessidade de repousar e também pode ter alguns sintomas adicionais, como os citados anteriormente.
Essa manifestação é após realizar atividades físicas, em uma situação de estresse prolongado ou em dias de insônia. No entanto, se a pessoa se sente fatigada depois de atividades que anteriormente não causavam sintomas, pode ser o primeiro sinal de algum distúrbio.
A fadiga e seus sintomas são muito encontrados nas estradas brasileiras, tanto em condutores que estão viajando a passeio, quanto em motoristas profissionais que realizam o serviço de transporte, como os caminhoneiros. O estudo realizado pela Denox e MedNet destaca que as jornadas prolongadas, a pressão por prazos e a necessidade de percorrer longas distâncias são as principais causas para essa condição, que é um risco enorme e recorrente.
O cenário atual é preocupante e evidencia a necessidade de maiores cuidados com a saúde física e mental, que deve ser preocupação tanto dos condutores, quanto das empresas de transportes.
A Lei 13.103/2015, mais conhecida como Lei do Caminhoneiro, estabelece diretrizes claras para assegurar os direitos dos motoristas, de forma a preservar sua saúde e segurança. De acordo com a norma, o motorista deve:
E é responsabilidade das empresas respeitar essas condutas previstas por lei e garantir outros direitos de seus profissionais para que eles não estejam sobrecarregados. Isso inclui programações realistas de entrega, remuneração justa e respeito ao tempo de repouso.
Apesar dessas dicas serem úteis, é preciso deixar claro que elas são apenas paliativas. Se você sentir que a fadiga e o sono estão chegando, o melhor a se fazer é parar no primeiro local seguro sempre para não dormir ou perder a atenção ao volante. Nem que essa pausa seja para uma soneca ou descanso de 20 a 30 minutos.
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