Ferrari recupera direitos sobre Testarossa

Vitória jurídica mostra que uso genuíno pode incluir peças, licenciamento e revendas, não só fabricação de novos produtos

ferrari testarossa
Lançado há 41 anos, Ferrari Testarossa é um dos modelos mais emblemáticos da marca do Cavallino (Foto: Ferrari | Divulgação)
Por Tom Schuenk
Publicado em 09/07/2025 às 17h00

A Ferrari finalmente conquistou uma importante vitória em uma disputa judicial sobre direitos de marca. O caso girava em torno do nome Testarossa, associado a um dos modelos mais icônicos da marca.

A decisão do Tribunal Geral da União Europeia (EUGC) beneficia não somente a Ferrari, mas também criou precedentes jurídicos que interessam a outras marcas tradicionais de diversos setores. A vitória da montadora italiana mostrou que marcas de luxo podem proteger seu patrimônio intelectual, mesmo sem fabricação contínua de produtos originais.

VEJA TAMBÉM:

O caso Testarossa

Em 2017, a Ferrari perdeu os direitos sobre a marca “Testarossa” após uma empresa alemã alegar que a montadora não utilizava o nome há mais de cinco anos, o que, segundo as regras da União Europeia, configurava abandono de uso genuíno.

ferrari testarossa vermelha traseira elton john
Ferrari Testarossa chama atenção pela imensa entrada de ar raiada na lateral  (Foto: Shannons | Divulgação)

Essa empresa tinha intenção de usar o nome em brinquedos, alegando que o carro não estava mais em produção e a Ferrari não fazia o uso comercial do nome. Desde então, a Ferrari batalhava para reaver os direitos do nome.

Em 2023, a EUGC decidiu que o nome estava livre para uso por terceiros. Entretanto, a Ferrari apresentou novos argumentos, e o tribunal reconheceu que a empresa mantém o uso legítimo da marca por meio das seguintes atividades, que foram consideradas suficientes para uso genuíno do nome:

  • Venda de peças originais e réplicas do Testarossa
  • Certificados de autenticidade para veículos existentes
  • Venda de produtos licenciados com a marca
  • Revenda de unidades originais em concessionárias oficiais

A decisão fortalece a proteção de marcas mais tradicionais e demonstra que o “uso genuíno” não precisa ser por meio da fabricação de novos produtos. Isso abre caminho para outras marcas, do ramo automobilístico ou não, manterem suas propriedades intelectuais, mesmo com produtos descontinuados.

A Ferrari é popular por ser vencedora nas pistas e também nos tribunais. Volta e meia ela impetra ações judiciais contra quem tente usar sua propriedade intelectual. No Brasil, um salão de barbeiro foi processador por usar o nome e tipologia da marca em um cartaz.

Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Deixe um comentário