Ford Ranger ganha versão híbrida plug-in focada no trabalho
O modelo combina o motor 2.3 turbo a gasolina com um elétrico que vai montado dentro do câmbio, que permite tracionar as rodas sem complicar muito
O modelo combina o motor 2.3 turbo a gasolina com um elétrico que vai montado dentro do câmbio, que permite tracionar as rodas sem complicar muito
O segmento das caminhonetes médias é um dos mais complexos a nível global, cada país possui suas exigências desse tipo de veículo e uma constante é a robustez. Por isso, é sempre mais difícil introduzir novas tecnologias nela. Foi com esse cuidado que a Ford apresentou a nova Ranger híbrida plug-in.
Esse tipo de motorização não é novidade no segmento, os chineses da GWM já faziam isso e a BYD está com sua Shark em alguns mercados. A Ford foi a primeira montadora tradicional a fazer uma caminhonete média híbrida plug-in.
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A eletrificação adotada pela marca do oval azul não foi tão agressiva quanto a das chinesas. O motor a combustão é o quatro cilindros em linha 2.3 EcoBoost a gasolina. Já o motor elétrico de tração, que possui 102 cv, fica montado dentro do câmbio automático de 10 marchas.
É um sistema similar ao usado pelo Porsche Cayenne e-Hybrid. Com o motor elétrico dentro do câmbio é possível tracionar todas as rodas usando a caixa de transferência da tração 4×4, outra vantagem é não ter que aumentar a complexidade montando motores no eixo.
Esse conjunto entrega uma potência combinada de 279 cv, mas o destaque fica para o torque de 70,3 kgfm. É o maior dentro da linha Ranger atual, superando até a Raptor. Segundo a Ford, o desempenho é superior ao das outras versões comuns e fica atrás apenas da versão esportiva, mas não divulgaram os dados.
O conjunto de baterias de 11,8 kWh não é grande como o das picapes híbridas chinesas. No ciclo europeu WLTP a autonomia fica em 45 km. Em compensação, a bateria pode ser carregada completamente em menos de 4 horas.
A Ranger híbrida plug-in está confirmada para a Europa, Austrália e Nova Zelândia. São mercados onde as caminhonetes são carros com uso prioritário no trabalho pesado. Isso significa que a capacidade de carregar até 1 tonelada na caçamba e de rebocar até 3,5 toneladas foram mantidas.
Quem usar a Ford Ranger híbrida no trabalho terá a sua disposição um inversor que permite usar a bateria para alimentar ferramentas com até 6,9 kW de potência. A picape já trazia soluções como a tomada de força na caçamba e locais para prender equipamentos na tampa.
Junto da motorização híbrida plug-in, a Ford lançou o modelo Stormtrack para a Ranger europeia. Esse modelo possui equipamentos de conforto como o sistema de som B&O de 10 alto-falantes, câmeras com visão de 360° e faróis full-LED matriciais. O visual é mais aventureiro.
O Brasil ainda não está na lista dos países que terão a Ranger híbrida no curto prazo. Porém a BYD e a GWM já confirmaram picapes plug-in para nosso mercado, o sucesso dela pode mudar os planos da Ford.
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