BYD Shark: 5 fatores difíceis de convencer o picapeiro
Caminhonete chinesa estreia em setembro com revolucionário sistema híbrido, mas terá trabalho para convencer o consumidor
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BYD apresentou há duas semanas, no México, a picape Shark. Trata-se da primeira caminhonete da marca. Híbrida, ela combina três motores para entregar nada menos que 430 cv, o que faz dela a mais potente do mercado.
Os números de torque também surpreendem, pois cada um dos três motores entregam mais de 30 kgfm cada um. Assim, ela promete entregar muita força, mas nem tudo são flores.
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A picape enfrentará resistência de quem é fã de caminhonete, principalmente de quem não abre mão da robustez e confiabilidade do motor diesel. As reações em relação a Shark foram de desconfiança sobre a durabilidade, preço, assistência técnica, dentre outros. Confira.
Um dos principais desafios da Shark será convencer o consumidor tradicional de caminhonetes a trocar sua picape. Afinal, há um senso comum de que picape média tem ser diesel e ponto. Tanto é que os modelos flex desapareceram da praça.
A BYD quer conquistar o homem do campo, como a própria vice-presidente global da marca, Stella Lee, afirmou à imprensa durante coletiva. Mas para conquistar o consumidor que vive longe dos centros urbanos é necessário uma rede consistente. Hoje a BYD tem 100 revendas espalhadas com grande concentração nas regiões Sul e Sudeste. A meta é chegar a 250 pontos de venda e assistência técnica.
O preço é um fator crucial para a Shark ter sucesso. No México, ela parte de equivalentes R$ 274 mil e vai a até R$ 296 mil, em uma conversão direta. Por aqui, ainda não há como falar de valores, mas fato é que os preços praticados na terra de Chapolin não diferem muito dos valores praticados por aqui. Assim, valores na casa de R$ 300 mil é algo próximo da realidade. No entanto, ainda é um valor caro diante dos comentários nas redes sociais.
A BYD Shark tem três motores e muita potência, a sua capacidade de tração e carga passam longe das médias convencionais. Ela permite carga útil de 835 kg, enquanto as médias a diesel levam entre 1.000 kg e 1,2 tonelada. Já a capacidade de reboque é de 2,5 toneladas, bem aquém dos 3,5 mil quilos que a Ranger V6 consegue tracionar, por exemplo.
Esse é sem dúvida um dos principais desafios da BYD Shark. A picape conta com baterias de 29,6 kWh que garante até 100 km de autonomia no modo elétrico ou 840 km no modo combinado. O problema é que o tempo de recarga é lento. Em fonte de corrente alternada, mesmo com Wallbox a capacidade máxima de 3,3 kW. Assim, o tempo médio de recarga gira em torno de 9 horas, na melhor das hipóteses
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