Greve de caminhoneiros ameaça abastecimento de combustível em MG

O movimento é por tempo indeterminado e reivindica o cumprimento de leis que garantem direitos mínimos aos transportadores

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Caminhões estão parados em Betim (MG) (Foto: Sinditanque-MG | Divulgação)
Por Pedro Januzzi
Publicado em 09/06/2025 às 18h00

Motoristas de Minas Gerais podem enfrentar dificuldades para abastecer seus veículos nos próximos dias. Uma greve deflagrada por caminhoneiros que transportam combustíveis para a distribuidora Vibra Energia, em Betim (MG), já acende o alerta de postos e consumidores no estado.

O movimento, iniciado na madrugada desta segunda-feira (9), é por tempo indeterminado e reivindica o cumprimento de leis que garantem direitos mínimos aos transportadores. Entre elas, o pagamento do Piso Mínimo de Frete e do Vale-Pedágio, obrigações previstas em legislação federal, mas que, segundo o sindicato da categoria, vêm sendo ignoradas por distribuidoras.

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Caminhões parados, tanques cheios… Por enquanto

Imagens divulgadas pelo Sindtanque-MG mostram dezenas de caminhões-tanque parados na entrada da base da Vibra, que é uma das principais responsáveis pelo abastecimento de combustíveis em Minas Gerais. Com a paralisação, o transporte está comprometido, o que pode impactar o reabastecimento dos postos já nos próximos dias.

A situação é especialmente crítica porque, segundo o sindicato, os postos já iniciaram a semana com os estoques mais baixos, devido à ausência de abastecimento aos fins de semana.

E o que isso significa para você, motorista?

Se a paralisação se prolongar, a consequência será a de sempre: filas nos postos, corrida para encher o tanque e, possivelmente, aumento temporário nos preços devido à escassez momentânea.

A recomendação é simples: não entre em pânico. Mas, se estiver com o tanque muito próximo da reserva, vale a pena abastecer com antecedência — sem exageros, para não contribuir com a pressão desnecessária na demanda.

O que diz a distribuidora

A Vibra Energia afirma que está tomando medidas para minimizar impactos no abastecimento e reforça que os contratos firmados com as transportadoras continuam válidos — e devem ser cumpridos. A empresa também diz repudiar qualquer tentativa de combinação coletiva de preços, alegando possível infração às leis de defesa da concorrência.

Greves no transporte: um problema recorrente

A categoria dos caminhoneiros já protagonizou paralisações em anos anteriores que afetaram diretamente a vida do consumidor — como em 2018, quando o país parou por falta de combustível nas bombas e produtos nas prateleiras. O ponto comum nesses movimentos tem sido o descumprimento de direitos básicos da profissão e o aumento dos custos operacionais, como diesel, pedágios e manutenção.

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