Kia Tasman: caminhonete coreana aposta na robustez
A caminhonete da marca coreana segue a fórmula tradicional, de usar motor a combustão, chassi, tração 4x4 e muita capacidade de carga
A caminhonete da marca coreana segue a fórmula tradicional, de usar motor a combustão, chassi, tração 4x4 e muita capacidade de carga
Após passar mais de um ano soltando teasers, a Kia finalmente lançou a caminhonete Tasman. Trata-se da primeira média tradicional, com chassi, da marca coreana e vem para um dos segmentos mais quentes em todo o mundo.
A Kia apostou no lado mais fora de estrada das caminhonetes médias, com um visual robusto e ênfase nas capacidades de enfrentar terrenos adversos. O desenho é controverso, mas as proporções, como o para-brisa mais vertical e o capô bem horizontal, lembram as da Jeep Gladiator.
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Na dianteira existe uma moldura arredonda para a grade que tem o formato continuado pelo capô. Os faróis ficam ao lado, mais destacados e juntos do para-lama. É um estilo similar ao adotado pelos caminhões “bicudos” norte-americanos.
As caixas de rodas trazem molduras horizontais em plástico sem pintura, que é a marca registrada do modelo. Na traseira estão as lanternas com molduras quadradas, fugindo do desenho vertical comum em picapes.
A Kia diz que a Tasman pode ser personalizada com a linha de acessórios originais. O desenho pode ser controverso, mas certamente é original e não deverá ser confundido com outras caminhonetes.
A Kia projetou a Tasman com foco no Oriente Médio, Austrália e África, mercados onde as caminhonetes médias são populares e usadas no serviço pesado. Por isso, ela já foi lançada em versões de cabine simples ou dupla, incluindo configurações chassi-cabine.
A capacidade de carga varia entre 1.017 e 1.195 kg, credenciais que já permitem a venda no Brasil. A capacidade de reboque é de 3,5 toneladas, entre as maiores do segmento. A Kia diz que o volume da caçamba de 1.173 litros é o maior do segmento.
Além de levar muita carga, a caçamba da Tasman traz alguns recursos práticos: iluminação, tomadas, mesa e assoalho deslizante. Um degrau no canto do para-choque ajuda no acesso.
O chassi é do tipo escada, a suspensão traseira é com eixo rígido e feixe de molas. Na dianteira a suspensão é independente do tipo duplo A. Os amortecedores possuem batentes hidráulicos para melhorar o conforto em terreno acidentado.
As versões 4×4 da Kia Tasman contam com reduzida e um seletor de terreno para ajudar nos desafios. O diferencial pode ser bloqueado eletronicamente.
O motor turbodiesel oferecido é o 2.2 da marca coreana, que entrega 210 cv e 45 kgfm. Existe também a opção de um 2.5 turbo a gasolina, que entrega 281 cv e 43 kgfm. O câmbio é automático de 8 marchas para ambos, existe a opção de manual de 6 velocidades para o diesel.
A cabine da Kia Tasman traz parte da identidade visual dos carros mais comportados da marca em partes como a tela que integra a central multimídia com o painel de instrumentos. Porém o volante de 4 raios, o formato das maçanetas e outros detalhes evocam utilitários mais robustos e as picapes norte-americanas.
Nas versões automáticas o largo console central não é interrompido pela alavanca do câmbio, o seletor fica na coluna de direção. Isso liberou espaço para dois carregadores por indução e uma mesa dobrável no estilo da Ford F-150.
A Kia já utilizava materiais sustentáveis em seus elétricos e estendeu isso a Tasman. A caminhonete traz tecido sintético feito com garrafas PET recicladas e simulação de couro feita em bio poliuretano.
O interesse no segmento das caminhonetes médias está em alta nas montadoras instaladas no Brasil. Só em 2024 tivemos a estreia da Fiat Titano, da JAC Hunter e da BYD Shark, era pra GWM ter lançado a Poer mas isso foi adiado.
Tivemos também uma nova versão da Ford Ranger, reestilizações da Volkswagen Amarok e da Chevrolet S10. A Mitsubishi L200 Triton ganhará uma nova geração ainda em 2024 também.
De acordo com o portal Autos Segredos, a Kia Tasman pode entrar nessa briga. O portal apurou que ela será produzida no Uruguai, pela Nordex, entre o fim de 2025 e começo de 2026.
Tirando o visual controverso, a Kia Tasman oferece um bom conjunto tecnológico e mecânica consagrada em outros países. O sucesso no Brasil dependerá mais do público.
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