Mitsubishi pode dar adeus à Europa para focar na Ásia
Marca japonesa tem baixa participação no Velho Continente e deve se retirar de forma gradual sem lançar novos modelos nos próximos anos
Marca japonesa tem baixa participação no Velho Continente e deve se retirar de forma gradual sem lançar novos modelos nos próximos anos
A Mitsubishi pode encerrar as vendas de veículos no mercado europeu. O baixo volume de vendas da marca no Velho Continente é um dos principais motivos, o que faria com que a Mitsubishi optasse por fortalecer sua presença em locais onde ela já obtém melhore resultados como Ásia e Oceania.
A estratégia pretende reduzir os custos da montadora em 20%. No Sudeste Asiático, a Mitsubishi possui 6,4% do mercado, enquanto na Europa, esse percentual é de apenas 1%.
O plano de saída prevê que a linha atual da Mitsubishi vai continuar à venda até que os modelos cheguem ao fim do seu ciclo de vida. O lançamento de novos modelos fica “congelado”.
A empresa somou prejuízos de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 8,8 bilhões) entre abril e junho deste ano e calcula que as perdas chegarão a US$ 3,4 bilhões (R$ 17,6 bilhões) até março de 2021.
Embora a retirada estava sendo planejada de forma gradual – até 2023 -, a chegada da nova geração do SUV Outlander, por exemplo, que deveria acontecer neste semestre, está suspensa, de acordo com a Automotive News Europe. Já o pós-venda é classificado como “um negócio essencial” e, por isso, vai ser mantido.
A Mitsubishi planeja alcançar o que ela chama de “crescimento sustentável” a partir do final de 2022, consolidando o investimento em regiões e produtos principais. As mudanças em seu mercado doméstico incluem a mudança da produção do Pajero, o fechamento de concessionárias improdutivas e a promoção de seus negócios de compartilhamento e assinatura.
Vale lembrar que, atualmente, o fabricante integra uma aliança global com a Renault e a Nissan. As três marcas têm anunciado medidas de corte de custos para estancar sangrias financeiras devido à crise. A Mitsubishi é a menor do grupo e ocupa a sexta posição entre as empresas japonesas do setor automotivo.
No Brasil, a marca é representada pelo grupo HPE que também é responsável pela comercialização dos automóveis Suzuki.
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