Mitsubishi Outlander não terá mais plataforma da Nissan
Depois do fracasso da fusão entre Honda e Nissan, Mitsubishi planeja atualização para seu SUV e nova versão com plataforma interna modificada
Depois do fracasso da fusão entre Honda e Nissan, Mitsubishi planeja atualização para seu SUV e nova versão com plataforma interna modificada
Os problemas financeiros da Nissan não são o único desafio que surgiu em meio à aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Poucas semanas depois que a Honda e a Nissan cancelaram o seu plano de fusão de R$ 350 bilhões, um novo relatório sugere que o próximo Mitsubishi Outlander não deve compartilhar uma plataforma com a Nissan.
A geração atual do Mitsubishi Outlander compartilha seus ‘ossos’, sua base, com o Nissan Rogue, que por sua vez roda em uma plataforma Renault-Nissan conhecida como Common Module Family. Quando foi anunciado pela primeira vez que o Outlander seria construído na plataforma CMF, a visão dos executivos foi positiva, com elogios para o bom aproveitamento da aliança enquanto mantinha a identidade única da marca.
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Entretanto, depois de apenas uma geração, parece que toda essa cooperação está chegando ao fim. A Auto News relata que a Mitsubishi está pensando em usar uma plataforma interna modificada para o próximo Outlander. Embora a empresa tenha se recusado a comentar, o relatório vem meses depois que a Nissan vendeu parte de sua participação de volta para a Mitsubishi em novembro, em uma tentativa de melhorar seu balanço.
Nos EUA, a Mitsubishi vem sofrendo com vendas fracas e os revendedores estão cada vez mais frustrados com a aparente falta de ação da empresa. Dentre os problemas estão os custos crescentes e uma linha envelhecida.
Assim, a marca pretende fazer uma leve atualização no Mitsubishi Outlander e está interessada em expandir a plataforma antes de um redesenho completo em algum momento de 2027. Uma variante híbrida leve deve se juntar às versões a combustão e híbrida plug-in nos EUA, enquanto um modelo mais voltado para a aventura, apelidado de “Outlander Trail Edition”, está programado para chegar ao mercado ainda este ano.
Acontece que esse caminho implica um distanciamento da Nissan. Recentemente, após não conseguir encontrar um pretendente na Honda, o CEO da Nissan declarou que a sobrevivência da empresa estava em jogo.
Tudo começou com o desmantelamento de uma aliança antiga entre Renault e Nissan, que há alguns anos enfrenta dificuldades financeiras e está caminhando para a falência. Nessa situação complicada, a marca buscou apoio em uma nova aliança, dessa vez entre as conterrâneas Honda e Mitsubishi. Essa união seria, inclusive, uma ofensiva contra o crescimento das empresas chinesas.
No entanto, a fusão de aproximadamente R$ 350 bilhões que criaria a terceira maior montadora de carros do mundo foi cancelada. Em anúncio oficial, Nissan e Honda confirmaram o fim do acordo e também descartaram uma potencial colaboração tripla com a Mitsubishi.
O fracasso desse acordo é um grande balde de água fria que atinge duramente a marca. A grande dúvida é se ela poderá superar sua mais recente crise sem ajuda externa. Isso porque um de seus executivos afirmou que há uma contagem regressiva, já que a montadora pode ter apenas de 12 a 14 meses para mudar o rumo dos acontecimentos e garantir sua sobrevivência.
Apesar da situação difícil, a Nissan pode ter achado uma luz no fim do túnel com a Hon Hai Precision Industry, mais conhecida como Foxconn. A empresa responsável por fabricar o iPhone manifestou interesse em comprar a marca japonesa que está perto da falência. Segundo a CNA, essa investida da empresa taiwanesa fez com que as ações da Nissan tivessem alta de 6%.
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