O caso de Huang Ping, que não aceitou indenização e agora vive cercado por asfalto, chama atenção nas redes sociais
A China não é apenas a casa das inovações dos EVs; de vez em quando, casos inesperados acontecem no país. Em Jinxi, noroeste de Xangai, o governo estava construindo uma rodovia, mas o proprietário não aceitou a proposta de indenização, levando a um cenário incomum: a estrada foi construída ao redor da casa.
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No país, essas propriedades resistentes à desapropriação são conhecidas como “casas de pregos”, referindo-se a algo que “não sai do lugar” mesmo com força aplicada.
O morador, identificado como Huang Ping, recebeu uma proposta equivalente a 1,6 milhão de yuans (cerca de R$ 1,24 milhão). O motivo da recusa teria sido a expectativa de uma oferta mais vantajosa.
Entretanto, essa decisão acabou não se concretizando como esperado, pois nenhuma nova proposta surgiu. Sem acordo, o governo iniciou a construção da rodovia mesmo assim.
The stubborn old Chinese man who refused to sell his house for a government project now regrets his decision.
Huang Ping, from Hunan province, hoped for more money but lost everything. The government built a road around his house, leaving it in the middle of a busy street. Now,… pic.twitter.com/it0rYe2fhd
— Ibra (@IbraHasan_) January 25, 2025
A estrada teve que ser projetada de forma a se dividir em dois trechos para contornar a propriedade de Ping, deixando a casa isolada bem no meio da nova via. Esse formato incomum transformou a residência em uma ilha no asfalto, chamando atenção nas redes sociais.
O barulho intenso da obra e da futura rodovia afeta a qualidade de vida do morador. Ping vive atualmente com o neto de 11 anos e passa grande parte do dia na cidade para evitar o ruído, retornando para casa apenas para dormir.
A única forma de acessar a casa é por meio de um cano de drenagem sob a rodovia, o que gera preocupações quanto à segurança e à acessibilidade, especialmente em dias de chuva ou possíveis inundações.
Huang Ping admitiu em entrevista ao Metro que se arrepende de sua decisão. Ele reconhece que “perdeu a aposta” e afirma que, se pudesse voltar no tempo, aceitaria as condições iniciais.
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