Presidente da Jeep diz que motores à diesel irão acabar até 2030

Com a data marcada para o fim dos motores a combustão na Europa, Jeep diz que motores à diesel não deverão passar de 2030

detalhe da grade do novo jeep compass serie especical 80 anos
Normas de emissões e baixa procura na Europa colocam prazo para o fim dos motores à diesel na marca (Foto: Jeep | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 19/07/2021 às 12h53

Um dos segredos para a popularidade dos Jeep Renegade e Compass no Brasil é a oferta do motor diesel. Porém fora do Brasil a aceitação por esse tipo de motor vem caindo desde o escândalo do Dieselgate, que revelou as trapaças dos fabricantes para esses motores passarem nos testes de emissões.

Outro fator que está matando os motores diesel no exterior são as novas normas de emissões, que tornam ainda mais difícil a aprovação desses motores e favorecem conjuntos híbridos. Christian Meunier, CEO da Jeep, revelou em uma entrevista com o site australiano Car Advice que os motores diesel estão perto de acabar na Jeep.

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Jeep investe pesado em eletrificação

Com o banimento dos motores a combustão conformado na Europa para 2035 e outras partes do mundo tomando decisões similares, a Jeep está investindo para ter uma linha eletrificada completa até 2030. Isso inclui carros puramente elétricos e também os híbridos.

jeep grand cherokee 4xe 2022 estacionado carregador painel solar
Jeep diz que até 2025 70% de sua linha será eletrificada (Foto: Jeep | Divulgação)

O executivo afirma que os motores diesel serão banidos globalmente da marca até o final da década. Porém, os motores V8 podem sobreviver devido a demanda em alguns mercados onde o petróleo é abundante e existe a preferência pelo V8 nos Jeep.

A linha de SUV grandes da Jeep que são movidos por motores V6 e V8 vem ganhando versões híbridas plug-in para reduzir o consumo desses motores. Isso é parte de ter 70% da linha eletrificada até 2025.

E como fica o Brasil?

Na entrevista o executivo diz que os motores à diesel são uma preferência europeia e irão desaparecer devido a baixa demanda nesse mercado. Porém as normas de emissões brasileiras ainda são atrasadas em relação a Europa, além da procura por SUV e picapes diesel ser alta.

A Jeep e a Fiat lançaram uma versão atualizada de seu motor 2.0 turbodiesel no Brasil em 2021 que utiliza o Arla 32 para reduzir as emissões. E nos planos da Jeep ainda conta o lançamento do Commander equipado com esse tipo de motor. Será que o Brasil não faz parte desse plano global da marca?

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3 Comentários
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IVAN VASCONCELLOS 19 de julho de 2021

Parabéns. Comentário muito lúcido e pé no chão, mas ainda acrescento algumas considerações:
1. O colunista, no afã de ser ecologicamente correto, tropeça na primeira frase. Ainda NÃO HÁ DATA MARCADA PARA O FIM DOS MOTORES A COMBUSTÃO NA EUROPA.
2. Se a Jeep, ou qualquer outra fábrica de automóveis estivesse realmente preocupada com as emissões, deixaria de produzir motores a combustão no mundo todo e não apenas na Europa. Será que o clima da Europa e das Americas não são interdependentes?
Ta todo mundo “jogando pra torcida”!

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Mister Gasosa 20 de julho de 2021

Ivan,
Muito obrigado!

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Mister Gasosa 19 de julho de 2021

O PL 5332/20 do Senado do Brasil pretende proibir a circulação de carros a combustão já em 2040. Acho que esse PL vai ser engavetado, pois imagine tirar todos automóveis movidos a diesel, gasolina ou a álcool do Brasil, então teria que ter uma solução de transporte público de qualidade para a população, como: trens, metrô e ônibus. E isso demanda muito dinheiro.
Sabemos que nos dias de hoje a malha ferroviária brasileira devia ser muito maior para transporte de passageiros e que os ônibus estão lotados como uma lata de sardinha aqui em São Paulo, SP. Teria que até 2040 ser investido pesado na construção de novas usinas de geração de energia elétrica, mas não vale substituir carros a gasolina e a álcool por usinas termoelétricas e poluir as cidades que geram energia elétrica para as metrópoles.
Por fim, as baterias dos carros elétricos um dia vão arriar e o que será feito com todas elas e as sucatas das carcaças dos carros elétricos? Pois quando a bateria de um carro elétrico arreia fica inviável trocá-las por um jogo novo. Eu não acho isso nada favorável para o meio ambiente, pois para reciclar um carro se gasta energia e para fabricar um novo se gasta energia.
Na família tivemos um Gol 1,8-L ano 1990 por uns 23 anos e o vendi com 29 anos de uso e 242.000 km rodados e funcionando muito bem. Será que veremos acontecer isso com carros elétricos? Tem gente que acredita que com o aumento da produção de carros elétricos o preço deles vai cair, mas não acredito nisso. Me diz quando o preço dos carros aqui no Brasil caiu o preço a longo prazo? Se fosse assim carro a gasolina hoje seria muito barato, pois vende muito.

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