Tesla é processada por racismo e segregação em sua fábrica
Um departamento do estado da Califórnia, nos EUA, está processando a Tesla após receber diversas denúncias de racismo e segregação
Um departamento do estado da Califórnia, nos EUA, está processando a Tesla após receber diversas denúncias de racismo e segregação
Parece que a Tesla não consegue ficar longe de uma polêmica. O Departamento de Emprego e Habitação Justos (DFEH), órgão do estado da Califórnia, nos EUA, está processando o fabricante de veículos elétricos sobre alegações de racismo contra funcionários pretos.
O diretor do DFEH, Kevin Kish, declarou ter recebido centenas de denúncias de funcionários da Tesla. O departamento encontrou evidências de que a fábrica, instalada em Fremont, havia áreas com segregação racial. Ele também disse ter recebido denuncias de funcionários sofrendo injúrias raciais.
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O site The Verge conseguiu acesso aos documentos do processo, que inclui transcrições das injúrias recebidas. Os funcionários pretos recebiam xingamentos com termos racistas e existiam pichações nos banheiros xingando-os e mandando serem enforcados. Essas pichações ficaram no local por meses.
O preconceito se estendia às políticas de trabalho dentro da fábrica da Tesla. Os funcionários pretos eram designados para trabalhos mais exigentes fisicamente sem existir uma justificativa plausível, o argumento era apenas por “serem mais preparados”.
As punições para esses funcionários eram sempre mais estritas por infrações leves no trabalho que os colegas de trabalho que não eram pretos recebiam pelas mesmas infrações. Esses funcionários sempre tiveram promoções recusadas.
Segundo um estudo de diversidade conduzido dentro da fábrica da Tesla em 2020, apenas 10% dos funcionários da planta de Fremont eram pretos. E nos cargos de liderança, apenas 4% eram pretos.
Em 2021 um funcionário da Tesla chamado Owen Diaz venceu um processo contra o fabricante, recebendo US$ 137 milhões (cerca de R$ 716 milhões) em reparações na justiça. Esse funcionário declarou que recebia xingamentos e epítetos racistas diariamente enquanto trabalhou na fábrica entre 2015 e 2016. Ele também teve que lidar com pichações no banheiro com dizeres mandando “voltar para a África”.
Diaz disse que os supervisores da fábrica não interviam. As situações e stress o fez perder peso e noites de sono. O juiz do caso sentenciou a Tesla a pagar US$ 130 milhões como punição mas US$ 7 milhões pelos danos emocionais ao funcionário. Na época o fabricante prometeu tomar atitudes contra o racismo no ambiente de trabalho.
O fabricante soltou uma nota em seu blog respondendo as acusações. Ela inicia dizendo que defende todo tipo de diversidade e que realiza treinamentos contra preconceito. A Tesla também diz que o processo do DFEH é relacionado com denuncias antigas, realizadas entres 2016 e 2019.
Por fim, a Tesla critica o processo, dizendo que o órgão estadual não encontrou evidências de racismo na fábrica. A nota reforça que a Tesla é o último fabricante de automóveis do estado da Califórnia, alegando ser errado processar a empresa em uma época onde empresas estão saindo do estado.
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E lá vai a Califórnia em seu direto inalienável de espernear depois que Elon levou suas empresas para o Texas.
Califórnia em franco e avançado processo de subdesenvolvimento, tem mais mendigo em Los Angeles que no centro de São Paulo ou qualquer cidade brasileira.
O último que sair apague a luz, isso se já não estiver cortada por falta de pagamento.
“… alegações de racismo contra funcionários pretos.” Não é só a Tesla que merece ser processado. O jornalista que usou o Google translator também ! Usar o adjetivo “preto” para definir pessoas da raça negra é racismo também !