'Rebelião' na Anfavea quebra tradição em eleição para presidência

Por AutoPapo
Publicado em 31/01/2019 às 12h45
Atualizado em 31/01/2019 às 19h12

Foi registrada chapa única para definição da nova gestão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), e do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea), para o triênio 2019-2022. A chapa indica Luiz Carlos Gomes de Moraes (diretor de Assuntos Institucionais e Comunicação da Mercedes-Benz) como novo presidente das duas entidades e Fabricio Biondo (Grupo PSA) como 1º vice-presidente.

Compartilhe no WhatsApp

Compartilhe no Telegram

Sob esse novo comando, uma longa tradição foi quebrada na associação. Desde a fundação da Anfavea, em 1956, apenas executivos das chamadas “quatro grandes” – Volkswagen, GM, Ford e Fiat – e da Mercedes-Benz se revezavam na presidência da entidade. Essa “regra” se manteve mesmo com a entrada de novas fabricantes no país, como Renault, PSA Peugeot Citroën, Honda, Toyota, Nissan e Hyundai, entre outras.

Outra antiga prática chegou ao fim: o 1º vice-presidente do triênio sempre assumia o posto máximo no período seguinte. Hoje, quem ocupa a 1ª vice-presidência é Rogélio Golfarb, da Ford.

A posse dos executivos acontecerá no dia 23 de abril em São Paulo (SP).

“Nos últimos meses, a diretoria das entidades discutiu a sucessão para os próximos anos e de maneira democrática ocorreu a escolha das melhores propostas para a associação”, informou a Anfavea por meio de nota.

Recentemente, na Argentina, também houve um movimento semelhante na associação dos fabricantes locais, a Adefa. Em outubro de 2018, representante da Toyota deveria assumir a presidência da entidade, mas quem foi alçado ao posto foi o presidente da Volkswagen, Hernán Vázquez. O motivo foi a recusa da fabricante japonesa em participar do lobby para o adiamento da obrigatoriedade do controle eletrônico de estabilidade no país vizinho.