Risco de espionagem faz Israel banir SUV chinês vendido no Brasil em seu exército

Medida afeta oficiais de alta patente e segue tendência dos EUA de restringir tecnologia chinesa em áreas sensíveis

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Militares temem que sistemas multimídia de modelos enviem segredos de estado para a China (Foto: Chery | Divulgação)
Por Júlia Haddad
Publicado em 27/11/2025 às 09h01

As Forças de Defesa de Israel (IDF) ordenaram o recolhimento imediato de veículos elétricos de fabricação chinesa utilizados por seus oficiais de alto escalão. A medida decorre de preocupação crescente de que a tecnologia embarcada nesses automóveis — câmeras, microfones e conexão à internet — possa ser utilizada para espionagem e coleta de dados sensíveis.

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A decisão amplia uma restrição imposta no início do ano, que já proibia a entrada desses veículos em bases militares estratégicas. O foco principal da ação recai sobre modelos como o Chery Tiggo 8 Pro, híbrido plug-in, que vinha sendo distribuído a oficiais com patente de tenente-coronel ou superior. A frota será substituída por modelos de marcas ocidentais ou sul-coreanas.

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A vulnerabilidade estaria na própria modernidade dos carros. Segundo Assaf Orion, pesquisador do Instituto de Estudos de Segurança Nacional de Israel, veículos elétricos modernos são plataformas de dados móveis. A suspeita é que as informações coletadas pelos sensores do veículo possam ser transmitidas para servidores na China, permitindo o monitoramento de rotas e conversas de militares.

O movimento de Israel não é isolado e segue uma tendência de desconfiança tecnológica liderada pelos Estados Unidos, que também estudam banir softwares chineses em veículos conectados. Ironicamente, a própria China já aplicou restrições similares a carros da americana Tesla em áreas governamentais de Pequim, sob a mesma alegação de risco à segurança nacional.

Apesar da diretriz militar, o mercado civil israelense continua receptivo às montadoras asiáticas. Marcas como BYD, Geely e Chery dominam as vendas de elétricos no país. O recolhimento, portanto, trata-se de uma ação cirúrgica de defesa, sem indícios de que haverá um bloqueio comercial amplo para o consumidor comum.

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