Montadora desprezada por consumidor brasileiro sairá do mercado

Com participação tímida no mercado brasileiro, espanhola Seat irá encerrar suas atividades para dar espaço para a divisão esportiva Cupra

marca seat
Depois de 73 anos, Seat deixará o mercado (Fotos: Seat | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 05/09/2023 às 17h03
Atualizado em 05/09/2023 às 19h19

Talvez você não se lembre, mas a Seat foi uma das muitas marcas que desembarcou no Brasil nos anos 1990. A fabricante espanhola (que pertence ao Grupo VW) chegou aqui em 1996 e se retirou em 2002 sem deixar saudades. Agora ela irá se despedir de vez.

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Isso porque o Grupo VW decidiu tirar a marca do mercado. A Seat tem acumulado prejuízo nos últimos anos. Isso sem contar que ela produz clones dos modelos VW, como Polo e Tiguan.

cupra formentor cinza movimento
Cupra Formentor é mais rentável que as derivações com emblema Seat (Foto: Cupra | Divulgação)
  • Mas sua retirada não será por inteiro, a Cupra, que era a linha de alta performance da marca, que se emancipou em 2018, continuará em linha. Isso porque ao contrário da Seat, a Cupra é rentável.
  • Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2023, a Seat vendeu 155 mil carros, com preço inicial de de 18 mil euros. Já a Cupra vendeu quase 112 mil carros. A diferença é que os modelos esportivos partem dos 30 mil euros.
  • Ou seja, a Cupra é mais rentável. E com a retirada da Seat, o Grupo VW quer ampliar a produção dos Cupra para 500 mil unidades, já em 2025.
  • No Brasil, a Seat vendeu os modelos Córdoba, Ibiza, Toledo e Inca. O primeiro chegou como uma alternativa ao fim da primeira geração do Voyage, mas logo passou a concorrer com o Polo Classic, que era o mesmo carro (vindo da Argentina), mas com a “bolacha” da Volks.
  • O Ibiza é um hatch compacto que ainda está em linha até hoje. A geração vendida no Brasil não conseguiu se projetar ao lado do primo Gol “bolinha”.
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O Córdoba chegou para ocupar a vaga do primeiro Voyage, mas não caiu no gosto do consumidor (Foto Seat | Divulgação)

Já o Toledo foi um sedã de porte médio que também não decolou. Além de concorrer diretamente com o Santana, ainda sofreu com a popularidade do Vectra e dos japoneses Corolla e Civic, que se tornaram nacionais no final do milênio.

E por fim, o Inca. Um furgão aos moldes do Fiat Fiorino. Não é nem preciso dizer que não fez cócegas na rainha das entregas.

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3 Comentários
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José Fernandes 7 de setembro de 2023

Sim, eu tive a oportunidade de ir a Espanha e sou da mesma opinião do colega.
A Seat é muito forte nessa região.

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Regis 6 de setembro de 2023

O Seat Toledo nunca foi vendido no Brasil. Os modelos vendidos de 1995 a 2002 no BR foram: Córdoba (2 geracoes); Ibiza (2 geracoes); Inca; e Córdoba Vario (perua do Cordoba)

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jose netto 5 de setembro de 2023

passei o mês de agosto viajando pela europa, e constatei a grande presença da SEAT, principalmente na Espanha, onde um grande número de táxi são da marca…. não entendi esta retirada do mercado…

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