Suspeito de matar namorada dirigiu do banco do passageiro para forjar batida, diz polícia

Imagens mostram homem usando os pés para acionar pedais de carro automático em MG; perícia indica que vítima já estava morta no momento do impacto

homem confessa à polícia que matou a namorada e simulou acidente em MG imagens do pedagio
Imagens de pedágio reforçam suspeita de que colisão foi simulada para encobrir feminicídio, segundo a Polícia Civil (Foto: Redes Sociais | Reprodução)
Por Júlia Haddad
sob supervisão de Eduardo Passos
Publicado em 18/12/2025 às 10h00

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu Alison Mesquita, de 43 anos, sob a acusação de simular um acidente de trânsito para ocultar o feminicídio de sua namorada, Henay Rosa Gonçalves Amorim, 31. O crime foi desmascarado por câmeras de segurança de um pedágio na rodovia MG-050, em Itaúna, que flagraram o suspeito conduzindo o veículo a partir do banco do passageiro minutos antes da colisão.

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Segundo as investigações, Mesquita teria provocado intencionalmente a batida contra um ônibus na manhã de domingo (15). Para forjar a cena, ele posicionou a vítima, já morta ou inconsciente, no assento do motorista. Como o carro possuía câmbio automático, o homem atravessou o corpo sobre o console central para controlar o volante com as mãos e acionar os pedais com os pés.

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O comportamento atípico no pedágio alertou uma funcionária, que questionou por que a motorista parecia imóvel. Mesquita recusou ajuda e seguiu viagem. Após o choque, ele fugiu do hospital onde recebia atendimento. “Em 24 anos de carreira, nunca havia visto uma situação como essa”, afirmou o delegado João Marcos Ferreira, ressaltando a ausência de marcas de frenagem na pista.

Embora a causa inicial da morte tenha sido registrada como traumatismo craniano, uma nova perícia identificou sinais de asfixia por constrição cervical. O laudo sugere que Henay foi estrangulada antes da batida. Em depoimento, o suspeito admitiu uma discussão na qual pressionou o pescoço da companheira, mas alegou que ela havia recuperado a consciência e assumido a direção.

A polícia agora analisa imagens do edifício onde o casal morava, em Belo Horizonte, para confirmar se a vítima já saiu do local sem vida. A defesa de Alison Mesquita sustenta sua inocência e afirma que o cliente não confessou a prática de crime, declarando que aguardará a conclusão do inquérito para novas manifestações.

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