Tesla é acusada mais uma vez por violar leis trabalhistas

Por Pedro Januzzi
Publicado em 09/01/2023 às 10h03

A Tesla, desde sua fundação, é cercada por diversas polêmicas e muitas vezes divide opiniões daqueles que se interessam pelo mercado automotivo. Agora, promotores da justiça do trabalho dos Estados Unidos denunciaram que a empresa de Elon Musk coagiu ilegalmente os funcionários da Flórida, os impedindo de discutir questões trabalhistas.

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Segundo as informações, a empresa proibiu os funcionários de tratarem sobre seus salários e rescisão com outros trabalhadores. A fábrica de carros elétricos também proibiu que seus empregados reclamassem com os gerentes sobre as condições de trabalho.

supercharger carregando tesla — *Justiça norte-americana já está investigando o caso*

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A Bloomberg teve acesso ao processo por meio de uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação. As queixas emitidas pelos diretores regionais do National Labor Relations Board (NLRB) são consideradas pelos juízes da agência e podem ser apeladas aos membros do NLRB em Washington e depois ao tribunal federal.

A agência tem autoridade para ordenar que as empresas reintegrem trabalhadores demitidos e forneçam salários atrasados. Mas geralmente não pode responsabilizar pessoalmente os executivos por alegadas irregularidades ou emitir quaisquer danos punitivos.

Retrospecto da Tesla

Em 2022, membros do NLRB já haviam identificado que a Tesla violou repetidamente as leis trabalhista, inclusive demitindo um ativista sindical, por meio de um tweet ameaçador enviado por seu diretor-executivo, Elon Musk. A Tesla negou irregularidades e está apelando dessa decisão em um tribunal federal.

Um juiz ouvirá argumentos sobre a reclamação da Flórida em uma audiência de fevereiro, disse a porta-voz da agência, Kayla Blado, via e-mail. Parece que violar leis trabalhistas faz parte da cultura da empresa.