Ex-designer da VW revela Kombi, Gol e Parati que nunca saíram do papel
O celebrado designer Luiz Alberto Veiga publicou em seu Instagram fotos de versões alternativas de alguns modelos da Volkswagen brasileira
O celebrado designer Luiz Alberto Veiga publicou em seu Instagram fotos de versões alternativas de alguns modelos da Volkswagen brasileira
O processo para a criação de um carro é longo. Ele começa com os designers apresentando várias propostas até chegar no desenho final que conhecemos. Luiz Alberto Veiga, que trabalhou por 40 anos na Volkswagen e criou modelos icônicos, abriu o seu baú e revelou algumas de suas propostas para a Kombi e a família Gol.
As imagens foram publicadas em seu perfil pessoal no Instagram e mostram versões alternativas desses carros que até então eram desconhecidas pelo público geral. A mais improvável é a Kombi, que passou por anos sem mudanças visuais significativas.
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O desenho usado no Brasil desde 1976 estreou na Alemanha em 1968 e durou até sair de linha em 2013 tendo apenas a grade do radiador como mudança. Veiga diz na publicação que a equipe de design tentou diversas vezes dar um tapa no visual da Kombi.
Uma das propostas mostra um conjunto de faróis redondos unidos em uma moldura, lembrando o Porsche 911 da geração 996. Já a outra seguia a tendência da época com faróis retangulares. Em ambas o para-choque era integrado, aparentemente de plástico.
Veiga também mostrou uma foto da proposta de mudança no interior, que trazia um painel de desenho envolvente como era no Pointer. Alguns elementos eram compartilhados com outros modelos, como os instrumentos da segunda geração do Gol e o volante da primeira geração do compacto.
O designer conta em outra publicação que em 1984 sua equipe estava trabalhando na renovação do Gol. O sketch de uma versão GTi 16 válvulas mostra um desenho mais ousado que o que foi adotado nas versões GTS e GTI de produção que chegariam mais tarde.
Os faróis retangulares duplos e para-lamas alargados lembram o Audi Quattro. Veiga propôs um desenho assimétrico para a dianteira, tendo a grade e as tomadas de ar apenas no lado esquerdo do carro. Essa escolha estilística não afetaria o funcionamento do carro pois o radiador nos VW com motoro longitudinal fica justamente no lado esquerdo do cofre.
O que não sabemos é se o motor de 16 válvulas realmente foi considerado para ser usado no Gol. Segundo Bob Sharp, ex-engenheiro da VW, existia um Santana com motor 1.8 16v no Brasil. O motor não agradou no sedã por ser fraco em baixas rotações, característica que combinaria mais com um hatchback mais leve como o Gol.
A segunda geração do Gol, apelidada de “bolinha”, é uma das criações de Luiz Alberto Veiga. Seu desenho lembra em nada os outros modelos da marca no mundo, mas foi considerado uma versão bem parecida com o Golf de terceira geração.
Isso se deve a ausência da janela na coluna C, deixando essa área com aparência mais robusta e lembrando o desenho icônico que todas as gerações do Golf carrega. Nessa mesma foto tem uma Parati de quatro portas com coluna D mais fina, dessa vez antecedendo o estilo que a Passat Variant e Golf Variant adotariam no final da década de 90.
Vamos ficar no aguardo de mais publicações do designer. O que mais será que existe nesse baú de versões alternativas dos Volkswagen nacionais?
Fotos: Instagram | Reprodução
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