De adaptações motoras e estruturais a projetos sem nenhuma lógica, eficiência ou proposta de funcionalidade prática
Assim como várias outras invenções, as motocicletas se modernizam cotidianamente. O acontecimento do momento são as motos elétricas, que de fato estão começando a chegar em peso nas ruas. Porém existem várias outras “novidades criativas” bem mais limitadas e o motivo para algumas é óbvio. De projetos obstinados a loucuras sem muito fundamento, aqui vai uma lista com algumas das motos mais malucas já criadas e adaptadas.
Nesta, reunimos alguns modelos diferentes inventados nos últimos anos, adaptações, calibrações e até projetos praticamente originais.
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Em 2023 o britânico Colin Furze, conhecido por seus experimentos extravagantes, transformou uma antiga Suzuki SB200 em uma verdadeira pizzaria ambulante. Para isso, instalou um forno de aço totalmente construído por ele, capaz de assar pizzas enquanto a moto está em movimento.
O processo exigiu profundas modificações. Furze aumentou o entre-eixos da Suzuki em mais de um metro, serrando e soldando a estrutura original e adaptando novamente o sistema de transmissão.
Depois de testar a pressão interna e o funcionamento do forno, partiu para a rua: acompanhado de um piloto, preparou e assou pizzas no banco do garupa, enfrentando dificuldades óbvias — como massas que caíam pelo caminho — mas comprovando que a invenção bizarra funcionava.
Este é um dos vídeos mais recentes neste mundo de loucuras em moto. Essa jovem de baixa estatura não deixou que a “falta de perna” para tocar o solo a impedisse de rodar.
Em um modelo que aparentemente é uma Benelli TRK552X, a moça adaptou rodinhas de apoio. Isso mesmo, rodinhas como a de uma bicicleta de crianças.
No vídeo é possível ver que tudo funciona de forma automatizada e, diferente como ocorre em uma bike, estas são posicionadas paralelas e tocam o chão enquanto o modelo está reto. O objetivo é servir como um descanso na hora de parar a moto, mas ainda sim possibilitando o movimento na hora de sair.
Utilizando suas rodinhas (provavelmente acionadas por botão), a moça consegue parar tranquilamente sem colocar os pés no chão.

O mecânico carioca Leandro Troufas Silva, morador do bairro de Colégio, na Zona Norte do Rio, decidiu recriar o monociclo motorizado visto em MIB³. A inspiração surgiu após ver a foto de um modelo similar em uma revista estrangeira. O resultado foi um veículo artesanal conhecido internacionalmente como monowheel ou wheelsurf.
O projeto levou anos de ajustes. No primeiro protótipo, o motor ficou muito à frente, causando instabilidade; no segundo, alto demais, fazendo o conjunto pendular para os lados. Somente na terceira versão, com o centro de gravidade corrigido, o monociclo passou a funcionar de forma aceitável.
A estrutura combina peças de origens diversas: guidom e descansos de bicicleta, banco adaptado de uma Kawasaki ZX-11, tanque feito a partir de um cantil militar e rodas provenientes até de escadas rolantes. Movido por um motor Honda CBX 150 Aero, o conjunto atinge cerca de 75 kg.
Pilotar, porém, é outra história. O veículo não faz curvas convencionais, exige equilíbrio absoluto e reage de forma abrupta a qualquer movimento.

A moto com o maior número de cilindros já construída virou motivo de espetacularização e até registro oficial no Guinness World Records. Criada pelo britânico Simon Whitelock, a motocicleta conhecida como Tinker Toy reúne impressionantes 48 cilindros, resultado da junção engenhosa de 16 motores Kawasaki KH 250 – cada um com três cilindros.
Os motores foram agrupados em blocos para formar um conjunto de 4.200 cm³, criando uma configuração tão complexa que exigiu soluções pouco convencionais. Para dar partida, por exemplo, Whitelock instalou um motor auxiliar de 125 cm³ dois tempos, responsável por movimentar toda a estrutura antes que os 48 cilindros entrem em funcionamento.
O construtor também projetou toda a parte ciclística. A Tinker Toy utiliza garfos e freios de Honda Gold Wing e conta com um tanque de combustível falso, que serve como compartimento para o sistema de ignição. Apesar do tamanho e da engenharia, a moto é plenamente funcional e licenciada para circular no Reino Unido.

Entre as invenções mais recentes e mais ousadas, poucas chamaram tanta atenção quanto a adaptação feita por um grupo de YouTubers, que decidiram serrar ao meio a roda traseira de uma Honda CBR 250. O objetivo era fazer dois “meios aros” funcionarem sincronizados como se fossem uma roda completa.
O processo incluiu o desenho e a criação de um sistema de transmissão extra, levando potência a uma terceira roda auxiliar antes de alimentar os dois segmentos serrados. Após os testes iniciais, os criadores finalmente cortaram a roda ao meio e levaram a moto às ruas.
O resultado, porém, deixou a internet dividida. Embora a moto conseguisse rodar, a diferença entre os pontos em que cada metade tocava o chão gerou forte instabilidade, tornando a condução impraticável. A experiência funcionou mais como demonstração de engenharia extrema do que como algo realmente viável — e talvez apenas rodas inteiras fossem mesmo a solução adequada.
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