Salão de Motos de Milão (EICMA) 2021: na fila do carimbo
Principal mostra de motocicletas do mundo, o EICMA em Millão, retorna após 2 anos de ausência, com modelos que poderão carimbar o passaporte para o Brasil
Principal mostra de motocicletas do mundo, o EICMA em Millão, retorna após 2 anos de ausência, com modelos que poderão carimbar o passaporte para o Brasil
O Salão de Motos de de Milão 2021, ou simplesmente EICMA (Esposizione Intenazionale Delle Due Ruote) termina dia 28 de novembro. A mostra, considerada a mais importante do mundo, voltou a ser realizada depois de dois anos, em função das restrições da pandemia.
No coração da Lombardia, região de Milão, locomotiva econômica da Itália, fica em gigantesco complexo com cerca de 400 mil metros quadrados e 20 pavilhões, que requer bom preparo físico para visitação. Tradicionalmente, as principais marcas de motocicletas, acessórios e equipamentos, reservam a exposição para lançamentos de novos modelos e produtos globais.
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Muitos desses lançamentos também interessam diretamente ao Brasil, em uma espécie de “avant premiere” dos modelos que desembarcarão em nosso mercado. Porém, os efeitos da pandemia ainda não foram completamente superados, deixando de fora, justamente a italiana Ducati e também a alemã BMW.
Outra tendência observada no EICMA 2021 é o avanço das marcas asiáticas e também dos modelos elétricos. Entretanto, os modelos tradicionais e em vias de carimbar o passaporte para o Brasil também foram destaque.
O fabricante japonês líder em vendas do Brasil mostrou a CBR 1000 RR-R Fireblade, edição comemorativa e limitada dos 30 anos do modelo. A decoração é inspirada no primeiro modelo, de 1992, porém a parte técnica é a do modelo 2022.
A Honda já importa oficialmente para o Brasil o modelo Fireblade “SP”, com as mesmas especificações do modelo comemorativo 30 Anniversary, o que também facilitaria seu desembarque. Suspensões eletrônicas Ohlins, freios Brembro, aerodinâmica com asas, escape em titânio, painel em TFT e motor de quatro cilindros em linha com refinada eletrônica que entrega 217 cv.
Outro modelo apresentado desperta grande interesse no Brasil: o scooter ADV (Adventure) 350. Nesta linha, a marca já comercializa por aqui os aventureiros X-ADV 750 e o ADV 150 baseado no PCX 150. O novo ADV 350 tem o mesmo motor da Forza 350 (também cogitado para o Brasil), com 329 cm3 que entrega 29,2 cv.
A suspensão dianteira é invertida em roda de 15 polegadas e a iluminação em LED, além de painel com espelhamento ao celular. A Honda também mostrou a silhueta da nova Hornet, uma moto que fez grande sucesso no Brasil, tornando-se o maior consumidor mundial do modelo. O relançamento, porém, ainda não tem data confirmada.
Desde de 2019, quando chegou ao mercado mundial, a Ténéré 700 ensaia sua chegada ao Brasil. Para 2022, a Yamaha mostrou o modelo Rally Edition, com escape Akrapovic, peito de aço maior, protetor de corrente e radiador e nova decoração. Também mostrou o modelo 2022 “normal”.
O motor é o mesmo que equipa a Yamaha MT-07 (já comercializada aqui), com dois cilindros paralelos CP2 (CrossPlane) com 698 cm3 que desenvolve 75 cv a 6.500 rpm. Suspensão dianteira invertida com 43 mm de diâmetro e 210 mm de curso. Na traseira sistema mono com 200 mm de curso. Iluminação em LED e muita disposição para encarar terra.
Reforçando o nome Ténéré (região desértica do norte da África), a Yamaha também apresentou a versão totalmente radical, batizada de Raid. A moto tem suspensão dianteira com 270 mm, traseira com 260 mm, coroa de 48 dentes, escape de titânio, freio dianteiro com disco de 300 mm e pinça de competição, radiador redimensionado e embreagem Rekluse.
A fabricante também mostrou a super naked MT-10 Storm (derivada da SP lançada um pouquinho antes), equipada com suspensões eletrônicas Ohlins, motor CP4 de quatro cilindros em linha com intervalos irregulares de ignição e quadro Deltabox. Ambos derivados da superesportiva R1.
O modelo Versys 650, já comercializado no Brasil, ganhou modernizações mostradas no EICMA 2021 que também desembarcarão aqui. O motor com dois cilindros paralelos de 649 cm3 e 64 cv, bem como o quadro, permanecem inalterados. Porém, agora conta com controle de tração em dois níveis.
O pára-brisa foi redesenhado e pode ser regulado em quatro posições. As setas passam a contar com iluminação em LED. O modelo também pode ser equipado com malas laterais para viagens.
Katana é o nome de uma espada usada pelos samurais japoneses, com lamina forjada a mão. A Suzuki aproveitou a fama para batizar o modelo esportivo lançado em 1981. O projeto era tão inovador que foi parar até no museu de arte Guggenhein de Nova York. Porém, saiu de linha, para ser ressuscitada em 2017.
Agora, a Suzuki moderniza o modelo equipado com motor de quatro cilindros em linha, 999 cm3, que entrega 152 cv. O motor também ganhou três mapas e quickshifter no câmbio. O quadro permanece o mesmo e a carenagem com farol quadrado que se estende pelo tanque mantem a essência do desenho original. A Katana da primeira fase já circulou pelo Brasil.
A marca austríaca tem operação no Brasil com produção em Manaus (AM), na planta da Dafra, mas com distribuição por outro grupo. Especializada no fora de estrada, também vai diversificando sua linha de motos para asfalto, embora em pequena escala.
Um desses modelos apresentados no EICMA 2021 é a Super Duke 1290 GT, já como linha 2022. Com motorzão de dois cilindros em V com 1.301 cm3, fornece 175 cv e um torque de impressionantes 14,4 kg. Também inclui ABS de curvas, mapas de motor, suspensões semi-ativas, sistema de navegação e painel com tela TFT de 7 polegadas colorida.
O grupo KTM também é dono da marca de origem sueca Husqvarna, igualmente presente no Brasil. Um dos modelos já apresentados é a Norden 901. Com estilo big trail, tem motor de dois cilindros paralelos, com 899 cm3 e 105 cv. Conta com quatro modos de pilotagem (três padronizados e um customizável), freios ABS de curvas e quick shift.
A marca inglesa, oficialmente instalada no Brasil, apresentou os modelos Café Racer Speed Triple 1200 RR um pouco antes do Salão, porém, eles foram destaque na mostra, assim como a Trident 660, já presente no mercado nacional. A marca que fornece os motores 765 cm3 de três cilindros para o mundial de Moto2 também equipa o modelo Street Triple RS comercializado no Brasil.
A Speed Triple RR herdou esse conjunto mecânico, porém com uma carenagem e farol redondo meio retrô. As suspensões são semi-ativas Ohlins, a ergonomia é mais agressiva, há controle de tração, mapas de motor, iluminação em LED e painel (redondo) em TFT de 5 polegadas, espelhado ao celular, e freios Brembo Stylema.
A marca indiana de origem inglesa com 120 anos chegou ao Brasil com uma política agressiva de preços. Depois de lançar os modelo Hymalaian 400, Interceptor e Continental GT 650 e a Meteor 350, apresentou o protótipo conceito SG650, com mesmo motor de dois cilindros paralelos da Interceptor e Continental GT.
Com duplo disco na roda dianteira, suspensão invertida e banco estilo selim suspenso costurado a mão, tem rodas em alumínio quase maciças. Este modelo, quando finalizado, também poderá desembarcar aqui.
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